O presidente da CNSeg, Márcio
Coriolano, participou do Connection 2020, evento promovido pelo
Clube dos Corretores do Rio de Janeiro nesta terça, dia 1. Ele foi
entrevistado pelo jornalista William Anthony do JRS. O evento
aconteceu de forma híbrida: de maneira remota e também presencial,
mas sem público. Ele foi transmitido pelo youtube.
Com o resultado da prévia do
PIB, o Brasil está em “recessão técnica” e Coriolano destacou que o
IBGE confirmou que o setor de seguros contribuiu para que a queda
não fosse maior que os 9,7% registrados. “acho que nós, do mercado
de seguros deveríamos ficar muito lisonjeados porque não vemos o
mercado aparecer para os analistas”, disse.
Coriolano destacou que o
setor de seguros é movido por três itens: produção, emprego e
renda. “A renda é combustível dos seguros massificados e entre 2016
e 2018, o país passou por uma recessão que afetou esses três
itens”, analisou.
O presidente da CNSeg
analisou também esse período de pandemia. Segundo ele, a chegada da
pandemia ao Brasil trouxe crise, mas colocou o mercado de seguros
em destaque. Segundo ele, o país vive uma crise epidemiológica que
criou uma crise de mobilidade. “O Brasil entrou em recessão pela
crise de mobilidade de pessoas e produção”, pontuou. Ele lembrou
que o mercado de seguros no primeiro trimestre registrou
crescimento.
Coriolano ressaltou que o
mercado terá grandes desafios. “Esse ano não será fácil”,
alertou. Ele disse ainda que o volume de prêmios do primeiro
semestre colocou o Brasil de volta a 2013. O mercado vai se
recuperar, mas não deve ser rápido. “O Brasil precisa fazer sua
lição de casa”, afirmou.
Ele disse não acreditar no
“novo normal”. “A humanidade não foi feita pra viver isoladamente.
Somos acostumados a viver na troca diária. Esse momento de
necessidade de isolamento teve aspectos positivos. O trabalho
remoto vai ficar porque mostrou suas possibilidades, mas depende da
atividade. Não podemos dizer que o mundo vai trabalhar remotamente,
vamos ter diversidade grande”, disse.