Segundo o Relatório de
Sustentabilidade da CNseg, 90,5% das seguradoras entrevistadas
dizem integrar as questões ASG em suas estratégias.
O
Relatório de Sustentabilidade do setor de seguros de 2020,
produzido pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), chega
a sua sexta edição destacando que, segundo os Princípios para
Sustentabilidade em Seguros (PSI), das Nações Unidas, é fundamental
a inclusão das questões Ambientais, Sociais e de Governança em toda
a cadeia de valor de toda organização corporativa.
Entre as seguradoras participantes do indicador, 90,5% dizem
integrar as questões ASG na estratégia da organização nos
seguintes campos: Procedimentos (84,2%), Políticas (84,2%),
Planejamento Estratégico (84,2%),Treinamentos (78,9%), Criação de
Produtos ou Serviços (73,7%), Normativos (68,4%), Engajamento com
clientes (63,2%), Gestão de Salvados (52,6%), Condições contratuais
das apólices (47,4%),Gestão de Investimentos (47,4%), Subscrição de
riscos (47,4%), Regulação de sinistro (47,4%), Outros (42,1%).
No
total, 34 seguradoras participaram do estudo. No que se refere a
produtos e serviços, 57,1% dos participantes disseram ter produtos
ou linhas de negócio relacionadas diretamente ao risco ou
responsabilidade ambiental. Desse total, 58,3% oferecem seguro
residencial com serviços ambientais, como consultoria, descarte de
eletrodoméstico/móveis, entre outros.
A
diretora-executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes,
ressalta que o mercado segurador brasileiro é apontado como uma
liderança em sustentabilidade: “O Brasil reúne o maior número de
empresas signatárias no PSI, desenvolvido para ser, mundialmente,
uma referência de boas práticas do mercado segurador”. Sobre as
práticas ASG no setor, Solange Beatriz destaca ainda, que 65% das
empresas participantes do Relatório de Sustentabilidade já treinam
seus analistas e gestores em ASG; 45% oferecem treinamentos
periódicos sobre o tema para suas lideranças; 20% incluem na meta
de desempenho da alta liderança questões ASG; 85% consideram essas
questões na homologação e contratação de fornecedores e prestadores
de serviços.
Dentre as seguradoras participantes do estudo, 60% afirmaram que
incluem alguns parâmetros dos Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para
sustentabilidade nos negócios. Em primeiro lugar, ficou a promoção
do crescimento econômico inclusivo e sustentável com emprego pleno
(94,7%), seguido pela promoção da saúde e do bem-estar (68,4%). Em
terceiro lugar, empatados com 57,9%, ficaram as ações contra a
mudança global do clima e o alcance da igualdade de gênero.
Para
Solange, os dados indicam que as empresas estão buscando
alinhamento com as melhores práticas. E observa: “É muito relevante
o estabelecimento de processos para identificar as questões ASG e
estar ciente das possíveis consequências na subscrição de riscos,
independentemente do segmento de atuação. Embora exista a
consciência da importância da implementação desses processos, as
percepções quanto às práticas ainda são consideradas incipientes ou
intermediárias, o que demonstra que as instituições ainda estão na
jornada de implementação e adaptação dessa agenda.”
A íntegra do relatório está
disponível no link.