Captação bruta da previdência teve
o segundo melhor ano da história da companhia
O lucro líquido ajustado da BB
Seguridade atingiu R$ 1,226 bilhão no quarto trimestre de 2021. A
cifra representa um aumento de 33,8% nessa linha ante o mesmo
período de 2020 e, segundo a companhia, trata-se do melhor
resultado trimestral desde a oferta inicial de ações (IPO), em
abril de 2013.
No ano de 2021, a holding de
seguros, previdência privada e capitalização controlada pelo Banco
do Brasil acumulou lucro líquido de R$ 3,933 bilhões, alta de 1,4%
frente a 2020.
Segundo a BB Seguridade, a pandemia
ainda pesa sobre o balanço do grupo. No ano passado, houve
desembolso de R$ 864 milhões em sinistros causados pela covid-19,
volume quase quatro vezes superior ao registrado em 2020. O
resultado operacional líquido de impostos consolidado das empresas
do grupo registrou crescimento de 3%, para R$ 3,8 bilhões.
No quarto trimestre, a companhia
conseguiu reverter a perda no resultado financeiro líquido
consolidado vista no quarto trimestre de 2020. A linha registrou
ganho de R$ 132,9 milhões, ante prejuízo de R$ 109,2 milhões no
último trimestre de 2020. O resultado financeiro representou apenas
3% do lucro líquido, o menor patamar da história da BB
Seguridade.
A companhia reiterou, na divulgação
dos resultados de 2021, que não espera a repetição do volume
elevado de sinistros relacionados à pandemia em 2022. Além disso,
existe a previsão de reversão do aumento temporário da alíquota de
contribuição social sobre lucro líquido (CSLL), vigente entre julho
e dezembro do ano passado, que retirou R$ 85 milhões do lucro
líquido.
Os prêmios emitidos em seguros
cresceram 16,2% em 2021 para R$ 12,063 bilhões. “Os prêmios
emitidos foram impulsionados pelo forte desempenho em seguros
rurais (+35,5%), decorrente da evolução do crédito para custeio da
safra 2021/2022; seguros de vida (+17,1%), sustentado tanto pelo
crescimento de vendas novas como pelo maior volume de renovações; e
seguros residenciais (+23,4%), puxado pelo aumento das vendas”,
apontou a companhia.
A sinistralidade acumulada do ano
teve alta de 8,5 pontos percentuais em relação a 2020, como
consequência da maior frequência de avisos em produtos com
cobertura por morte a partir do agravamento da pandemia.
A captação bruta da previdência
cresceu 11,5% e atingiu R$ 45,7 bilhões, o segundo melhor ano da
história da companhia. As reservas dos planos de acumulação
expandiram 1,6% em 12 meses, para R$ 313 bilhões. Na capitalização,
a arrecadação atingiu R$ 4,3 bilhões no ano passado, com queda de
9,9% comparado a 2020.
Conteúdo originalmente publicado
pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor
Econômico