Estudo sobre consumo nas farmácias ouviu 1.611 pessoas em 12
capitais
Uma pesquisa feita em 12 capitais brasileiras aponta que mais da
metade das pessoas tem o costume de comprar medicamentos genéricos
em detrimentos dos remédios de marca. A pesquisa quantitativa foi
feita a pedido do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade
(ICTQ) e os resultados foram divulgados esse fim de semana.
Os estudiosos fizeram um questionário para 1.611 pessoas em
pontos de fluxo de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Campo Grande,
Goiânia, Belém e Manaus. A partir desses dados, foi concluído que
68% dos entrevistados compram remédios genéricos, enquanto outros
25% declararam adquirir remédios de marca. Os demais indivíduos
disseram usar outros tipos de drogas: similares, biológicas,
manipuladas, homeopáticas e fitoterápicas. Os índices de cada um
desses produtos, porém, não ultrapassaram os 2%. O levantamento
revelou também que 94% da população adulta entrevistada têm o
hábito de fazer compras regularmente em farmácias e drogarias.
Entre o público que costuma frequentar as farmácias do país, 55%
são mulheres, 65% têm entre 26 e 59 anos, 43% têm ensino médio, 23%
concluíram o curso superior, 48% pertencem à classe C e 70% exercem
alguma atividade remunerada.
Os medicamentos genéricos são vendidos no Brasil há mais de 11
anos. Entretanto, existem pessoas que ainda torcem o nariz quando
olham um medicamento genérico na receita médica. "Muitos pacientes,
e até alguns médicos, fazem uma associação errônea do preço do
remédio com a sua qualidade, mas a maioria dos genéricos é
realmente eficaz e pode ser tomada sem nenhum problema", explica o
cardiologista Bruno Valdigem, do Hospital Dante Pazzanese. Tire
dúvidas sobre os medicamentos genéricos e acabe com a desconfiança
relacionada aos resultados do tratamento.