A suspeita recente de que uma equipe de médicos e enfermeiros
vinha provocando a morte de pacientes da unidade de terapia
intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Curitiba levou dois
deputados a apresentar projetos de lei com o objetivo de proteger
os doentes. Os PLs 5022/13 e 5024/13 obrigam hospitais públicos e
privados a instalar câmeras de segurança nas UTIs.
Quatro médicos e uma enfermeira já foram presos em razão das
suspeitas no Paraná, causadas por denúncias de pacientes e
familiares. Até o último dia 22, a polícia já havia ouvido 60
depoimentos relacionados ao caso. Uma hipótese levantada durante a
investigação é que as mortes tenham sido provocadas pelo uso de
anestésicos e pela diminuição do oxigênio dos respiradores.
Apesar das denúncias, não há nenhuma prova material dos crimes e
todos os acusados negam qualquer irregularidade.
Câmeras
Os dois projetos que tramitam na Câmara pretendem garantir
imagens de todas as áreas utilizadas pelos pacientes nos hospitais.
O material poderia ajudar os familiares e a justiça em caso de
dúvidas quanto à atuação dos profissionais de saúde.
“Considerando o processo que investiga eutanásia no Hospital
Evangélico de Curitiba, assim como tantos relatos de pacientes do
SUS verifica-se a prática de desrespeito e agressividade de alguns
enfermeiros, médicos e auxiliares de saúde com pacientes de UTIs.
Nesse sentido, se faz necessária a instalação de aparelhos de
circuito interno para coibir esse tipo de prática e aumentar a
segurança de quem necessita de UTI nos hospitais públicos e
privados do País”, argumentou o deputado Onofre Santo Agostini
(PSD-SC), autor do PL 5022/13.