O Provab prevê que todos os médicos façam um curso de
especialização em saúde da família durante 12 meses e garante uma
bolsa no valor de R$ 8 mil mensais
O município de São Paulo terá, a partir desta terça-feira (5),
mais 34 médicos para atuar em unidades básicas de Saúde da
periferia da cidade e em áreas remotas. Em todo o estado de São
Paulo são 243 profissionais em 102 municípios. Os médicos fazem
parte do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica
(Provab), do Ministério da Saúde.
O Provab prevê que todos os médicos façam um curso de
especialização em saúde da família durante 12 meses e garante uma
bolsa no valor de R$ 8 mil mensais. Durante o período, os médicos
terão de atender nas periferias das cidades e em áreas remotas, o
que inclui, segundo o edital de abertura, populações rurais,
quilombolas, indígenas e de assentamentos. Se o médico for bem
avaliado durante o processo, poderá receber um acréscimo de 10% na
sua pontuação nas provas de residência médica.
“Acreditamos que isso muda a formação do médico e o aprimora
para cuidar de forma mais humanizada das pessoas. Ele vai ter uma
experiência que não recebeu durante a formação médica, que é
acompanhar de forma continuada uma pessoa que ele está recomendando
um medicamento: como que essa pessoa reage, como é a condição da
casa dessa pessoa, a condição de trabalho”, disse o ministro da
Saúde, Alexandre Padilha após a cerimônia de recebimento dos
médicos.
Em todo o País, o Provab terá a participação em 2013 de 4.392
médicos, em 1.407 municípios. No ano passado, foram apenas 380
médicos inscritos. “Eu quero uma residência que é bem concorrida,
as notas são em torno de 7 a 8. Uma pessoa que tira 7, mais 10%,
ele estará bem classificado. Então o médico tem que participar,
senão ele acaba não conseguindo fazer seu concurso de
especialização” disse o médico Diego Ferreira, que irá participar
do Provab, formado pela Faculdade de Medicina de Valença (RJ).
Os médicos inscritos no programa terão sua atuação
supervisionada por universidades e hospitais de ensino credenciados
pelo Ministério da Educação (MEC). A avaliação será feita de três
formas: pelo supervisor (50% da nota), pelo gestor e pela equipe na
qual ele atuará (30%), e por autoavaliação (20% ). Somente os
médicos que cumprirem as atividades estabelecidas pelo programa e
receberem nota mínima 7 terão pontuação adicional de 10% nos exames
de residência médica, conforme resolução da Comissão Nacional de
Residência Médica.