Um novo estudo descobriu que a depressão pode ser um fator
de risco independente para o mal de Parkinson.
Na análise retrospectiva, os pesquisadores acompanharam durante 10
anos 4.634 pacientes com depressão e 18.554 de um grupo de controle
compatível. Para descartar a possibilidade de que depressão fosse
um sintoma inicial da doença, a análise excluiu os pacientes que
receberam o diagnóstico de depressão nos cinco anos que antecederam
o diagnóstico de mal de Parkinson.
As pessoas com depressão tinham em média 41 anos e as que tinham
depressão e mal de Parkinson, 64 anos.
Publicado no periódico Neurology, o estudo descobriu que 66
pacientes com depressão, ou 1,42%, desenvolveram mal de Parkinson
em comparação com 97 pessoas, ou 0,52%, dos que não tinham
depressão.
Após levar em conta idade, sexo, diabetes, hipertensão e outros
fatores, os pesquisadores descobriram que a depressão clínica
estava associada a um risco três vezes maior de contrair mal de
Parkinson.
"Nosso artigo não transmite a mensagem de que todo tipo de
depressão gera o mal de Parkinson", afirmou o Dr. Albert C. Yang,
autor sênior do estudo e professor de psiquiatria da Universidade
Nacional de Yang-Ming, em Taiwan.
"Todavia, esses dois tipos de paciente em particular, idosos
depressivos e pessoas com depressões difíceis de serem tratadas,
devem ficar alertas em relação à possibilidade de contrair doenças
neurológicas e o mal de Parkinson", avalia.