Estado fez repasse emergencial de R$ 5 milhões, e
governo federal já liberou R$ 9 milhões. Segundo reitora da
Unifesp, pronto-socorro opera “muito além” da capacidade
Em meio à divulgação
dos resultados de uma auditoria feita na Santa Casa de São Paulo –
e que apontaram graves problemas de gestão como causas da crise
financeira enfrentada pela entidade e que levou ao fechamento de
suas portas por dois dias em julho –, David Uip,
secretário estadual da Saúde, revelou que o pronto-socorro do
Hospital São Paulo quase passou por situação semelhante. A
informação foi confirmada ao jornal O Estado de S.
Paulo por Soraya Smaili, reitora da Universidade Federal
de São Paulo (Unifesp), que responde pela administração do
tradicional hospital.
Segundo Uip, a situação do Hospital
São Paulo é “preocupante”, uma vez que o PS opera além de sua
capacidade. Na semana passada, a Unifesp se viu obrigada a pedir
verba extra para os governos federal e estadual para evitar o
fechamento do serviço até o fim de setembro. Foram repassados R$ 5
milhões pela pasta estadual, e o Ministério prometeu mais R$ 9,7
milhões, já
publicados no Diário Oficial e que devem ser
repassados nos próximos dias - do total, R$ 9,1 milhões são para as
atividades rotineiras, como custeio e manutenção da unidade, e os
demais R$ 668 mil devem ser aplicados na aquisição
equipamentos.
Atualmente, o Hospital São Paulo faz
cerca de mil atendimentos por dia, segundo a reitora, “muito além
do teto para o qual recebemos”. Uma renegociação dos repasses
feitos pelo Ministério está sendo tentada, para a correção dos
valores repassados por procedimento, que se fracassarem podem
reavivar a ameaça de fechamento.
Ligado à Unifesp, o Hospital São
Paulo não recebe repasses do governo estadual, mas o apelo da
instituição sensibilizou estado e governo federal, uma vez que o
fechamento do PS seria um problema grave, dada a crise da Santa
Casa e a operação parcial do Hospital das Clínicas (que passa por
um processo de reforma).
* com informações do jornal O
Estado de S. Paulo