
O presidente da Associação Médica
Brasileira (AMB), Florentino de Araújo Cardoso Filho, questionou a
maneira com que os médicos formados em outros países teriam seus
diplomas aceitos no Brasil sem passar por avaliações curriculares.
O médico participou de audiência pública promovida pela Comissão de
Seguridade Social e Família nesta terça-feira (2) para discutir o
reconhecimento de diplomas concedidos por instituições de ensino
superior.
Florentino Filho, no entanto, se
mostrou a favor de trazer médicos do exterior desde que sejam
avaliados pelos critérios da medicina brasileira. “Lidamos com o
que é há de mais precioso nas pessoas, que é a saúde. Não podemos
deixar que qualquer um possa cuidar da saúde da população
brasileira”, explicou.
O diretor de Desenvolvimento da
Educação em Saúde do Ministério da Educação, Vinicius Ximenes
Muricy da Rocha, defendeu o processo de validação dos diplomas de
instituição estrangeiras, o Revalida. Ele afirmou que a maneira
como os médicos formados no exterior são aceitos no Brasil condiz
com o ensino de medicina em diversos países. “Esse processo está
plenamente conectado com o movimento de internacionalização do
ensino superior”, afirmou.
A Câmara dos Deputados analisa um
projeto do Senado que simplifica o processo de reconhecimento de
diplomas de instituições estrangeiras reconhecidas pela excelência
técnica (7841/14).
Segundo o projeto, terá trâmite
simplificado a revalidação de diplomas estrangeiros de cursos de
graduação e pós-graduação que obtiverem grau de excelência segundo
avaliação do Ministério da Educação. Nesse caso, será dispensada a
avaliação individual dos diplomas. Para atribuir o conceito de
excelência, o Ministério da Educação considera aspectos como
ensino, pesquisa, extensão, gestão da instituição e corpo
docente.