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4 em cada 10 exames prescritos para usuários de planos de saúde corporativo são repetidos ou desnecessários

Fonte: Data: 30 novembro 2017 Nenhum comentário

Levantamento da Advance Medical constatou que 40% dos exames clínicos per capita dos usuários de planos de saúde corporativos são repetidos ou desnecessários, gerando um rombo superior a R$ 7 bilhões para as empresas no custo com a mensalidade dos convênios médicos.

O que isso significa?

Que de cada 10 exames prescritos para o paciente, quatro são repetidos (feitos mais de uma vez) ou não são exatamente os mais indicados para elucidar o diagnóstico do problema pelo qual o mesmo está passando no momento da solicitação.

Qual o impacto desse cenário?

Uma despesa superior a R$ 7 bilhões que impactará na mensalidade dos convênios médicos. O prejuízo afeta diretamente as empresas e funcionários (no caso de coparticipação) e só será sentido no momento da renovação do contrato dos planos.

De acordo com os indicadores da ANS, em 2016 os usuários de planos de saúde corporativo consumiram 637,3 milhões de exames contra 597,5 milhões registrados em 2015, apresentando alta de 6,6%. Em relação a 2014, o crescimento foi ainda maior, de 11,9%. No ano passado, o impacto anual das despesas com exames na conta das empresas foi de R$18 bilhões, sendo que R$7,2 bilhões destes recursos estão neste universo de procedimentos repetidos ou desnecessários (que não são indicados para a situação).

O prejuízo é apenas financeiro ou também afeta o paciente?

Em hipótese alguma. Leva-se maior tempo para se chegar ao diagnóstico correto e as consequências envolvidas nesta situação implicam a piora no prognostico.

O que foi constatado? Quais as situações mais comuns que caracterizam o problema?

1) Como mais de 50% dos primeiros atendimentos dos usuários de planos de saúde corporativos ocorrem em Prontos Socorros, ao serem encaminhados posteriormente para especialistas darem continuidade aos tratamentos, parte considerável dos médicos solicitam novos exames, entre eles muitos são repetidos e já haviam sido feitos na unidade de urgência. muitos que inclusive já foram realizados e, portanto, ainda dentro da validade.

2) Outro aspecto observado é que no atendimento de urgência não há tempo hábil para consultas detalhadas, esta realidade obriga os médicos plantonistas prescreverem muitos exames para facilitar os diagnósticos, sendo que deles, um número considerável é desnecessário.

3) A busca por médicos sem orientação adequada, ou seja, sem saber ao certo se o profissional é o especialista mais indicado para o problema de saúde em questão, também contribui para uma demanda excessiva por exames, tendo em vista que a falta de informação entre os profissionais sobre os pacientes faz com que exames sejam solicitados de forma repetidas.

Base do levantamento

Este retrato pôde ser constatado no monitoramento de uma base de 350 mil vidas que compõem a carteira da Advance Medical no país. A empresa espanhola, que é líder global em orientação especializada e segunda opinião médica, implanta plataformas de atendimento com médicos de família nas empresas para garantir aos trabalhadores o acesso a profissionais e serviços adequados para cada situação, resultando em economia média de 20% nos custos dos planos de saúde para estas empresas.

Quais áreas clínicas que lideram as demandas desnecessárias?

De acordo com o diretor geral da Advance Medical no Brasil, o médico Caio Sores. Entre as áreas clínicas que mais respondem pela demanda por exames, estão a Ortopedia (30%), Oncologia (18%), Endocrinologia (11%), Neurologia (11%) e Reumatologia 10%) e as demais (30%).

 

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