A presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Solange Beatriz Palheiro Mendes, viu com bons olhos a reativação do Conselho de Saúde Suplementar (CONSU), que retomou suas atividades e, no atual governo, se mantém na estrutura do Ministério da Saúde, juntamente com outros órgãos colegiados como o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC). A medida atende a uma antiga reivindicação do setor, já que o CONSU acabou esvaziado, há 18 anos, desde a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“Essa é uma boa notícia para todos os agentes da cadeia produtiva desse segmento, desde operadoras e seguradoras de saúde até ao consumidor, passando por profissionais de saúde, laboratórios, hospitais e indústria farmacêutica. O CONSU tem como principal objetivo estabelecer e supervisionar a execução de políticas públicas e diretrizes gerais para o setor de Saúde Suplementar, assim como construir uma política de Estado para o setor alinhada com as demais políticas e ações de saúde pública e de proteção ao consumidor”, destaca Solange Beatriz.
Segundo a dirigente, a atuação desse conselho interministerial – composto pela Chefia da Casa Civil da Presidência da República e dos Ministérios da Justiça, da Saúde e da Economia e conta ainda com a participação e o apoio técnico da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – se faz necessária dada à complexidade das atividades desse segmento.
“É também uma indicação clara da pré-disposição do novo governo em promover parcerias entre os setores público e privado, visando garantir maior acesso da população à assistência à saúde. Essa é uma preocupação demonstrada já com a equipe de transição, por meio de reuniões que participamos – eu; o próximo presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima; o presidente da Abramge, Reinaldo Scheib; entre outras lideranças – diretamente com o novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta”, afirma a presidente da FenaSaúde.
Recentemente, a FenaSaúde entregou ao ministro Luiz Henrique Mandetta o documento ‘Desafios da Saúde Suplementar 2019’. A Federação defende 11 medidas para fortalecer o setor, entre elas a Atenção Primária à Saúde (APS) e rede hierarquizada; as novas regras de precificação e reajuste; as mudanças de regras para a incorporação de novas tecnologias; o combate a fraudes; a mudança do modelo de remuneração; a Análise de Impacto Regulatório (AIR); e a criação de produtos de previdência e poupança vinculados à saúde. O objetivo das ações apotnadas no documento é apoiar a tomada de decisão para as mudanças necessárias em prol da sustentabilidade do segmento.