Ao participar da edição desta quarta-feira do “Mesa Redonda do Seguro”, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio. anunciou que a Federação, junto com os Sindicatos, vai desenvolver uma série de novas ações para que o corretor de seguros possa diversificar os seus negócios. Ele citou, como exemplo, o curso de agente autônomo de investimento, que permitirá ao corretor ampliar o seu leque de clientes e oferecer novas opções aos seus segurados. “Hoje, com a Selic perto de zero, é pouco interessante investir nas aplicações tradicionais. Não por acaso, houve aumento de 900 mil investidores pessoas físicas nas Bolsas de Valores recentemente. É mais uma opção para o corretor ampliar os negócios”, assinalou.
Segundo Armando Vergilio, as entidades estão “reinventando” a representação institucional, antes pautada quase que exclusivamente na defesa dos direitos econômicos. “Estamos agregando mais valor para nossos representados, além da interlocução política, e nos tornando provedores de soluções para a categoria. Nesse sentido, criamos no âmbito da Fenacor e dos sindicatos, a central de gestão de serviços e produtos, que começou a mapear os principais problemas dos corretores e a buscar serviços e produtos customizados para atender essa demanda”, explicou, citando os seguros RC Corretor e Vida Corretor, como produtos que surgiram dessa ação.
Além disso, na área de certificação digital, há, agora, um novo projeto para todos os associados de sindicatos, inclusive com a possibilidade de venda de certificados para clientes. “Virá, agora, um produto específico para atender à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Hoje, o corretor de maior porte tem solução para cumprir essa lei, mas o pequeno corretor vai precisar. Então, estamos desenvolvendo produto de baixo custo e acessível”, assinalou.
Vergilio anunciou ainda que a Federação e os Sindicatos irão realizar, de setembro a novembro, um ciclo de eventos, o “Conexão Futuro Seguro”. Serão, no mínimo, 20 eventos, com uma “pauta sensacional e muito bem selecionada”.
Ele elogiou a capacidade de reação do corretor diante da pandemia do coronavírus Lembrou que a adaptação foi muito boa e que a categoria soube cumprir a sua missão de proteger e prestar ampla consultoria e assessoria ao consumidor.
Para Vergilio, as perspectivas para o futuro são muito boas para os corretores e para o mercado em geral. “Alguns ramos de seguros têm possibilidade de crescimento enorme. Quando vier a retomada, as perspectivas serão as melhores possíveis. Com a pandemia houve a queda da receita com desemprego e retração econômica, pois as pessoas tiveram dificuldades para quitar prêmios. Mas, em contrapartida houve o despertar da sociedade sobre a importância do seguro”, observou.
Ele acrescentou que esse cenário abre perspectivas fantástica para todos os seguros, como as grandes sobras, fianças e garantias. “Tudo hoje está sendo melhor observado para trazer segurança jurídica e tranquilidade para investimentos”, destacou.
Com relação à atuação da Susep, o presidente da Fenacor lamentou que a atual superintendente “fale uma coisa e faça outra” e que tenha tentado extinguir a profissão de corretor de seguros. “Tentou acabar com a profissão, mas a proposta acabou caindo no Congresso. E, depois, publicou medidas infralegais para enfraquecer o corretor de seguros. Teve o recadastramento e ela ainda tentou demonizar a imagem do corretor, dizendo que o profissional recebe comissão de 59%, uma grande mentira”, comentou.
Vergilio criticou ainda o Ministério da Fazenda que, segundo ele, fez uma série de promessas e apresentou metas e objetivos e “quase nada se cumpriu”.
No programa, mediado pelo fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, o presidente da Fenacor foi entrevistado pelos jornalistas Paulo Kato (Revista Cobertura); Carla Boaventura (CQCS); Thaís Ruco (Ruco Comunicação); Carlos Pacheco (Insurance Corp); e Karem Soares (Portal Panorama Seguro); além de Boris Ber, apresentador do “Programa Seguro”.
A entrevista foi transmitida pela TV CQCS, no Youtube, e pode ser vista neste link:https://www.youtube.com/user/tvcqcs