No seguro residencial, por exemplo, a companhia implantou o descarte ecológico de itens domésticos. Para os celulares, um serviço de logística reversa
A Zurich quer ser um dos grupos mais responsáveis e de maior impacto do planeta. Para tal, além de ter assumido diversos compromissos mundiais e locais, põe em execução no Brasil projetos atrelados aos seus produtos de forma sem paralelo em toda indústria brasileira de seguros. Iniciativas como descarte ecológico de equipamentos domésticos (para clientes que têm seguro residencial), pagamento 100% digital às oficinas de sua rede credenciada de seguro auto, logística reversa de smartphones e itens de informática são as principais práticas sustentáveis.
Além disso, a companhia prepara o lançamento de um seguro para instalação e montagem de painéis fotovoltaicos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, denominado Zurich4Power.
“Os projetos estão relacionados aos mais diferentes tipos de seguros e visam a beneficiar clientes pessoa física e empresas de todos os portes. Indiretamente, os produtos e serviços também geram impacto positivo para a sociedade, já que contribuem diretamente para a sustentabilidade do planeta”, diz o diretor executivo de Estratégia, Marketing e Inovação da seguradora, Rodrigo Barros.
A seguir, o detalhamento de cada uma das iniciativas e os impactos que elas geram, com comentários de cada um dos executivos da empresa, responsáveis por cada projeto.
Descarte ecológico de móveis, eletroeletrônicos e entulho
Os clientes que têm o seguro Residencial contam com um serviço de retirada e descarte de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos e entulho de restos de obras em todo o território nacional. Eles podem fazer até duas retiradas por ano de até três desses itens. Feito em parceria com a empresa especializada Ecoassist, todo o processo segue normas de sustentabilidade e é acompanhado de certificado emitido ao segurado após a conclusão do serviço.
Além disso, é verificada a condição de uso dos itens. “Materiais que não puderem mais ser reutilizados, como o entulho e restos de obras, são separados ou desmontados; seus componentes e materiais descaracterizados por tipo e categoria são retornados à cadeia produtiva”, diz a gerente de Subscrição Personal Lines, Christiane Moraes.
Ela conta que a empresa também atua no âmbito da educação ecológica. “Oferecemos uma consultoria ambiental aos clientes, para conscientização com dicas e práticas sustentáveis para economia de energia elétrica e de água, ideias para ambientes sustentáveis, descarte adequado e reciclagem do lixo residencial, além da indicação de prestadores para o desenvolvimento de projetos sustentáveis na residência”, revela.
Logística reversa de celulares e informática
Com o objetivo de reduzir ao máximo a emissão de CO2 na operação de sinistros da Zurich de forma certificada, o processo de logística reversa de celulares e informática visa a reciclar os resíduos da operação desses equipamentos, bem como seus acessórios, como pilhas e baterias, que são altamente danosos ao meio ambiente, além de plástico, vidro, metais e placas eletrônicas. Cada qual passa por um processo inicial de descaracterização e decomposição em partes menores e então é destinado à indústria específica para reciclagem.
De acordo com o superintendente de Sinistros, Jason Sampaio, “a iniciativa visa a fazer com que toda a cadeia de tratamento de sinistros de celulares e informática da seguradora tenha um processo de descarte apropriado de resíduos, sejam eles provenientes de segurados e colaboradores ou de prestadores de serviço de reparo dos produtos sinistrados”. Por isso que acontece em três vias:
– Junto ao segurado ou colaborador que queira descartar com segurança os itens, eles podem, por meio do Call Center e website da companhia (Z-Serviços), serem informados sobre os pontos de descarte espalhados por todo o Brasil e/ou formas alternativas de envio, como os Correios, por exemplo, para descarte.
– Os prestadores que fizerem serviços de reparo dos aparelhos para a Zurich poderão disponibilizar os resíduos eletrônicos gerados para que a própria seguradora faça a coleta. Em seguida, a companhia faz o tratamento e destina para a cadeia de reciclagem de materiais com certificação de tratamento ambiental adequado.
– Os compradores de salvados de celulares e informática, especificamente, poderão fazer o mesmo processo acima. Salvados são a sobra do sinistro ou o que não foi completamente destruído pelo evento danoso; assim que é efetuado o pagamento da indenização, a seguradora entra na posse dos salvados.
O provedor de serviços escolhido pela Zurich, GM&C Soluções em Logística Reversa e Reciclagem, possui as certificações necessárias dos órgãos ambientais nacionais, normas ISO, assim como gerencia as certificações dos seus parceiros nacionais ou internacionais que receberão os materiais para reciclagem.
De acordo com Organização das Nações Unidas (ONU), das 50 milhões de toneladas de resíduos jogados fora anualmente, entre 60% e 90% são jogados no lixo ou comercializados ilegalmente. O Brasil, que gera cerca 6 Kg de lixo eletrônico por habitante, produz 10 milhões de computadores e 150 milhões de celulares e baterias por ano, dos quais apenas 2% são descartados de forma correta. “Esses números justificam o porquê de o projeto de logística reversa de celulares da empresa ser tão importante e necessário”, pontua Sampaio.
Zurich4Power
Trata-se do nome que a companhia deu para a cobertura dos riscos relacionados à instalação, montagem e operação de painéis solares, tanto para pessoas físicas como jurídicas. Ou seja, o projeto está relacionado à geração de energia renovável e tem como propósito apoiar os clientes, donos do novo equipamento, integradores ou mesmo fabricantes, em seus desafios de sustentabilidade.
A comercialização do produto é feita por meio dos canais bancários, com instituições financeiras parceiras da Zurich e pelos corretores.
O Brasil ultrapassou a marca histórica de 7,5 GW de potência operacional da fonte fotovoltaica, considerando tanto usinas de grande porte quanto em pequenos e médios sistemas, cada vez mais instalados em telhados, fachadas e terrenos, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Além disso, há mais de 70 linhas de crédito, sejam públicas ou privadas, para viabilizar a aquisição desses equipamentos, cujo preço caiu cerca de 90% na última década, aumentando o acesso à tecnologia. “A empresa aposta no crescimento desse mercado, pois ele gera energia limpa. Por isso, apoiamos e incentivamos que cada vez mais placas fotovoltaicas estejam seguramente instaladas nos telhados de residências e empresas Brasil afora”, comenta o diretor Executivo de Seguros Corporativos, Roberto Hernández.
Digitalização e simplificação de pagamento a oficinas
Parte de um processo de digitalização e simplificação de processos que envolve diversas áreas da seguradora no Brasil, a empresa reduziu em 50% o prazo de pagamento dos serviços das oficinas credenciadas que atendem os clientes do seguro auto. Para se ter uma ideia, em janeiro de 2020 eram necessários pouco mais de 9 dias em média entre a entrega da nota fiscal por parte das oficinas parcerias e o pagamento. Desde setembro, graças às mudanças implementadas, o prazo caiu para cerca de 4 dias.
“Uma das ferramentas que colaborou para essa redução foi a plataforma Zurich Digital, que eliminou o uso de papel. Assim, por ser 100% digital, a simplificação também contribui para a sustentabilidade, já que todo o processo é feito com zero emissão de carbono”, destaca o Gerente de Processos Operacionais, Carlos Gomes Oliveira.
“O menor tempo de pagamento impacta positivamente no capital de giro das oficinas credenciadas. Para nossos parceiros, manter um capital de giro saudável é garantir também um processo de excelência nos serviços de reparos nos automóveis, assim como um ambiente sustentável, gerando não apenas o desenvolvimento e crescimento do volume de negócios, mas também melhora crescente no nível de satisfação dos nossos segurados”, complementa o diretor de Operações de Sinistros da companhia, José Silva.
Compromisso de longo prazo com a sustentabilidade
A Zurich é uma empresa comprometida com a sustentabilidade em âmbito global. Uma dessas promessas foi pactuada em 2017, logo após ter cumprido, naquele mesmo ano, um compromisso anunciado 5 anos antes, o de investir US$ 2 bilhões em títulos verdes. Assim, há 3 anos, o grupo engajou-se a fazer investimentos globais de impacto no valor de US$ 5 milhões até 2022. O montante equivale à compensação de 5 milhões de emissões de CO2. “A boa notícia é que mais da metade da meta já foi cumprida: em setembro de 2020 a companhia apurou que conseguiu evitar, até então, 2,9 milhões”, conta Barros.
No ano passado, o grupo figurou no topo do ranking de 2020 do Índice Dow Jones de Sustentabilidade, efeitos dos muitos esforços da companhia com a sustentabilidade e com seu papel ativo na transição para uma economia mais sustentável.
A Zurich é parceira do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) na produção do único Relatório de Riscos Globais do mundo, o Global Risk Report 2021. O documento, que é o balizador das discussões das principais tendências globais no WEF, demonstrou nesta 16º edição, de 2021, que no prazo de 2 anos os riscos de ameaças relacionadas às mudanças climáticas estão na lista dos cinco primeiros lugares com maior probabilidade de ocorrer.
O grupo é, ainda, signatário dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI), iniciativa da ONU para nortear o mercado financeiro e de capitais na busca pelo desenvolvimento sustentável, por meio da incorporação de aspectos sociais, ambientais e de governança corporativa na tomada de decisão de investimentos. Também assina o Pacto Global, outra organização da ONU, assim como apoia as bandeiras da Iniciativa Brasileira de Finanças Verdes (IBFV), entre de outros projetos semelhantes mundo afora.
Imbuída na redução de CO2, a seguradora passou a integrar a Net-Zero Asset Alliance, também da ONU, com o compromisso de zerar suas emissões até 2050. Aliás, a Zurich foi a primeira seguradora a se inscrever no Business Ambition, em junho de 2019, com a meta de limitar o aumento da temperatura média global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. No mesmo ano, assinou o seu roadmap de 1,5°C, que está intimamente ligado aos negócios.