Nesta quinta, dia 24, a Icatu promoveu um encontro com gestores. O encontro digital contou com a participação de gestores especializados e teve abertura de Luciano Snel, CEO da Icatu. “A Icatu tem o market place mais diversificado. São os maiores gestores na plataforma. Estamos sendo provocados com novos gestores, novos produtos. Hoje, a busca por diversificação é o tema mais relevante diante das incertezas. Precisamos oferecer diversidade e conteúdo”, disse.
Na primeira parte, os gestores Leonardo Linhares, da SPX, da Werner Roger, da Trígono e Luiz Nunes, da Forpus, falaram sobre fundo de ações para previdência privada. Aproximadamente 80% da previdência privada aberta está focada em renda fixa e Luiz disse que o movimento da queda de juros é sem volta. “Temos visto migração para um cenário de risco e um entendimento maior que os investimentos, principalmente a previdência que tem de ser olhada no longo prazo”, disse.
Para Leonardo a previdência privada pode ser um laboratório para estratégias mais arriscadas. “A grande graça do fundo de previdência é que ele dá incentivo a olhar para o longo prazo e, na média, o investidor é avesso a perda. O fundo de previdência dá incentivo a olhar para o longo prazo, escolher um portfólio adequado a sua idade e objetivos”, destacou.
Werner Roger ressaltou que 15% dos recursos de gestão da Trígono são previdenciários. “Temos um papel de educação financeira. A small caps é um recurso de diversificação e traz retorno”, afirmou.
No segundo painel, o assunto foi a internacionalização dos fundos de previdência e contou com a participação de Bruno Horovitz, Icatu Vanguarda, Gabriel Raoni, IP Capital e Marcelo Guterman, Western.
Gabriel Raoni disse que a IP Capital tem buscado empresas sólidas e que o Brasil tem um universo restrito de empresas de qualidade em quantidade. “Temos investido mais no exterior procurando setores que nem existem no Brasil. Esse é um benefício da diversificação”, opinou. Ele usou como exemplo empresas do setor de Biotecnologia que, com a pandemia, passam por grande transformação. “Coisas interessantes em terapia genética, imunizantes. Aqui no Brasil não tem empresa para investir nessa área”, ressaltou.
Para Marcelo Guterman, a renda fixa no Brasil é imbatível. “Para nós, foi um desafio mostrar que o investimento no exterior faz sentido por conta da diversificação e, também, porque a rentabilidade também é importante”, afirmou.
O terceiro painel contou com a participação de gestores fora do eixo Rio-São Paulo: de Daniel Alberini, CTM, Curitiba; Cesar Paiva, da Real Investor, localizada em Londrina e Luiz Fernando Araújo, da Finacap, em Recife.
Eles conversaram sobre a experiência e dificuldades que enfrentam por estarem longe dos grandes centros. “Temos uma vantagem porque temos a obrigação de colher mais informação e fazer um trabalho de visitar a fábrica, conversar com diretores, gerentes e até conhecer fornecedores para fazermos uma análise mais precisa”, disse Alberini.
No último painel, Fernando Rocha, economista chefe da JPG. “Temos um problema de saúde, não se tem destruição do capital. Acho que vamos sair mais rápido da crise com o avanço da vacinação”, disse. Ele disse que já acontece aumento dos ativos financeiros e já há uma discussão de política monetária.
Para ele, a alta da inflação americana é preocupante. “Há uma discussão se ela é temporária ou mais permanente. Acredito que ela deve ceder um pouco”, ponderou.