O
ciclo de eventos virtuais “Conexão Futuro Seguro”, organizado pela
Fenacor, ENS e os Sincors foi encerrado nesta terça-feira (31 de
agosto), após nove encontros regionais, com a realização da etapa
nacional, o “Conexão Futuro Seguro Brasil”, que foi assistida por
aproximadamente dois mil Corretores de Seguros e outros
profissionais do mercado.
Antes mesmo da abertura, foi transmitido um sensacional “esquenta”,
com a participação do renomado humorista Diogo Portugal, que
apresentou um stand-up com foco no mercado de seguros. Para animar
ainda mais os participantes foram oferecidas pelas seguradoras
apoiadoras do ciclo as seguintes premiações: adega de vinho,
cervejeira; três voucheres de R$ 1 mil; uma chopeira; e 02
bicicletas Caloi, de 21 marchas.
Em
seguida, o MC Erico Melo saudou os presentes e detalhou a
programação, que foi iniciada com uma edição especial do
“Connection Talk”, que reuniu as principais lideranças do mercado
em um debate sobre as perspectivas do setor, mediado pelo
presidente da Fenacor, Armando Vergilio. Além dele, participaram os
presidentes da CNseg, Márcio Coriolano; da ENS, Lucas Vergilio; e
das seguradoras Bradesco, Ivan Gontijo; Porto Seguro, Roberto
Santos; MAG, Helder Molina; Tokio Marine, José Adalberto Ferrara,
Zurich, Edson Franco; Sulamérica, Ricardo Bottas; Liberty, Patrícia
Chacon; e HDI, Murilo Riedel.
Nesse bloco, Armando Vergilio alertou sobre os riscos de o mercado
de seguros ser atingido pela instabilidade que ronda a economia
brasileira. “Esse risco torna-se mais iminente diante da pouca
disposição do órgão regulador para o diálogo, optando por impor
mudanças sucessivas e, muitas vezes, açodadas no marco regulatório,
sem um debate mais aprofundado com o setor privado”, advertiu o
presidente da Fenacor, lembrando ainda que algumas das mudanças
aprovadas pela Susep sequer foram experimentadas por qualquer outro
país, como o open insurance e “sua aberração totalmente ilegal, a
sociedade iniciadora de seguros”.
Já o
presidente da ENS, Lucas Vergilio, lamentou que a Susep tenha
“virado as costas” para o mercado, resistindo ao diálogo com
corretores ou seguradores. “Várias medidas foram aprovadas de
maneira açodada. Somos um mercado que gera muitos empregos, protege
o cidadão e contribui de forma significativa com a economia do
país. Precisamos melhorar o ambiente regulatório e o ambiente de
negócios. Não podemos continuar convivendo com essas incertezas”,
frisou Lucas Vergilio.
Por
sua vez, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano ressaltou que o
mercado de seguros é o “braço solidário para a proteção de todos os
brasileiros” e tem demonstrado durante a pandemia que estavam
errados aqueles que consideram no setor como um segmento atrasado.
Ele também elogiou o papel exercido pelo corretor de seguros. “É o
Corretor que leva o seguro à população de todo o país, demonstrando
capacidade de superação e dinamismo. A tecnologia não chega a
alguns rincões do Brasil, mas o corretor está sempre presente”,
afirmou Coriolano.
Veja os principais pontos
destacados pelos presidentes das seguradoras no “Connection
Talk”:
Roberto Santos, presidente da Porto Seguro: criticou a criação da
figura do sociedade iniciadora de serviços de seguros, no contexto
do open insurance. Segundo ele, essa figura vai fazer concorrência
ao corretor, que é o representante legal do segurado previsto em
lei. “A Porto Seguro vai agir para impedir a implementação desse
Frankstein. Vamos lutar até a última instância”, assegurou.
Murilo Riedel, presidente da HDI: também destacou a importância do
Corretor de Seguros, que considera como o “grande ativo” das
seguradoras. Para ele, o mercado tem “a obrigação” de cumprir o
open insurance, mas também de proteger o Corretor. “Todo o mercado
estará ao lado do Corretor, que é o maior sistema de distribuição
de seguros do planeta”, comentou.
Helder Molina, presidente da MAG: fez menção o fato de o mercado
ter pagado 72 mil indenizações, somando mais de R$ 3 bilhões por
mortes decorrentes do coronavírus. “Isso representa somente 10% das
mortes registradas no país, mas indica a real penetração do seguro
de vida nos lares. Muito pouco comparado a outros países. Nos EUA,
na Europa e na Ásia esse percentual chega a 70%%. O Corretor tem a
missão vital de mudar esse quadro e corrigir esse gap”, frisou.
Ivan
Gontijo, presidente da Bradesco Seguros: Para ele, o corretor de
seguros tem a missão de apurar as reais necessidades do consumidor
e, com base nessas informações, indicar para as seguradoras como
aprimorar serviços, produtos e coberturas. “Vocês são o elo com a
sociedade. Somente os corretores podem fornecer informações para
melhorarmos nossos produtos”, assinalou.
José
Adalberto Ferrara, presidente da Tokio Marine: em tom otimista,
afirmou que o setor tem potencial para dobrar de tamanho nos
próximos cinco anos. Ele também prometeu apoiar o Corretor em
qualquer cenário. “Seja qual for a mudança que vier, vamos colocar
os corretores no processo. Vamos crescer dois dígitos em 2021e
continuar crescendo dois dígitos em 2022. Vamos entrar no próximo
ano acelerando para crescer ainda mais”, asseverou.
Edson Franco, presidente da Zurich: Ressaltou a importância de o
mercado adotar “um estado de espirito mais positivo”. Ele ainda
conclamou os corretores para, juntos, “criarmos um futuro
melhor”.
Ricardo Bottas, presidente da
SulAmérica. Disse que enxerga um cenário de “muitas oportunidades”.
Destacou o fato de pandemia ter acelerado a digitalização tanto das
seguradoras quanto dos corretores. “Temos que enxergar esse
ambiente como de oportunidades e desafios. Contamos com os
corretores e acreditamos que a crise está mais perto do fim”,
observou.
Patrícia Chacon, presidente da Liberty: acentuou que o
mercado de seguros está cada vez mais resiliente e “com capacidade
incrível de se reinventar”. Para a executiva, é preciso investir na
parceria com o corretor e na capacidade desse parceiro para olhar o
consumidor e ver o que ele, de fato, precisa. “Houve impacto
relevante nos bolsos dos brasileiros, o que torna ainda mais
fundamental o papel do corretor, para que se possa garantir que o
cliente tenha o que precisa em coberturas, sem mais nem menos”,
disse.
FILÓSOFO. No segundo bloco do evento, o filósofo Luiz Felipe Pondé,
um dos mais renomados da atualidade, ministrou palestra sobre o
tema “Criatividade e Empreendedorismo em Tempos de Incertezas”.
Segundo ele, dentro do novo cenário criado pela pandemia e também
pelas transformações que atingem a sociedade como um todo, o
corretor de seguros precisa atuar como um “curador de cuidados e de
proteção” para a população. “O mundo é, hoje, excepcionalmente rico
em incertezas. Isso não vai mudar”, apontou.
No final do evento, foi realizado
um dos momentos mais aguardados. Além da premiação dos
participantes com um notebook e um smartphone de última geração,
oferecidos pela organização, foram sorteados dois carros zero
km.
O primeiro, oferecido pela MAG
Seguros, foi ganho pelo corretor de seguros Braz Romildo Fernandes,
de São Paulo.
O
outro, sorteado pela organização, ficou com Julio Arabi,
representante da RR Mantovan Corretora de Seguros, de São José do
Rio Preto (SP).
DESTAQUE. Outro destaque foi o anúncio feito pelos presidentes de
sete seguradoras (HDI, MAG, Tokio, SulaAmérica, Liberty, Zurich e
Bradesco) referente à doação mil cestas básicas, por cada
companhia, para a ação social “Conexão Solidariedade”, desenvolvida
no âmbito do “Conexão Futuro Seguro”, e que tem o objetivo de
amparar famílias carentes atingidas pela pandemia.
Emocionado, Armando Vergilio agradeceu e lembrou que a Fenacor tem
o compromisso de dobrar o número de doações. Assim, a ação já
contabiliza, pelo menos, 14 mil cestas básicas. “Queremos chegar a
marca de 20 mil cestas com as muitas doações que estão sendo feitas
por Corretores de todo o Brasil. Serão toneladas de alimentos. Fico
muito feliz”, comemorou Vergilio.