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Conseguro debate “Percepções do Brasil de Hoje”

Fonte: CQCS Data: 28 setembro 2021 Nenhum comentário

Na manhã desta segunda, dia 27, começou a 10ª edição da Conseguro, o evento organizado pela CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras). O primeiro painel teve como tema “Percepções do Brasil de Hoje” e teve a participação do  secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida; a superintendente da Susep, Solange Paiva Vieira; o diretor-presidente da ANS, Paulo Roberto Rebello, e lideranças do mercado segurador – os presidentes da CNseg, Marcio Coriolano; da FenSeg, Antonio Trindade; da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima; da FenaPrevi, Jorge Nasser; da FenaCap, Marcelo Farinha; e da Fenacor, Armando Vergílio dos Santos Júnior.

O secretário Adolfo Sachsida destacou o avanço de parte da agenda liberal, sua ajuda em ampliar a resiliência econômica durante a pandemia, a maior crise sanitária dos últimos 100, e a retomada em forma de V, beneficiada também pelos acertos das medidas de política econômica adotadas no ano passado para socorrer pessoas e empresas.  

O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, destacou que o mercado segurador demonstrou extraordinária resiliência durante o período mais agudo da pandemia e, já na fase de recuperação, apresenta taxas de crescimento acima das demais atividades. “O setor é moderno, ágil e cumpre muito bem o seu papel. O que precisamos é sermos adequadamente entendidos e compreendidos. O que precisamos, para continuar a crescer e decididamente ajudarmos a sociedade brasileira, é sermos ouvidos. Precisamos de diálogo construtivo, especialmente nós, corretores de seguros, para termos nosso papel e relevância reconhecidos”.  

A atualização do marco regulatório de seguro, vida e previdência e capitalização mira ampliar seu desenvolvimento, tornando seus produtos acessíveis a todas pessoas e setores foram os tópicos abordados pela superintendente da Susep, Solange Vieira. Ela vê as regras mais flexíveis de oferta de produtos, o uso de tecnologias, a redução dos obstáculos à entrada de novos players e o protagonismo dos corretores como colaborações importantes para o crescimento continuado da atividade.  

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde (ANS), Paulo Roberto Rebello, destacou que a pandemia trouxe ao setor de Saúde suplementar consequências econômicas e sociais significativas e de desdobramentos futuros incertos.  Há desafios estruturais, tendo em vista o processo de envelhecimento da população e a transição demográfica e epidemiológica, com prevalência das doenças crônicas não transmissíveis, ao lado do risco de novas doenças infecciosas, materializando danos significativos.  

O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, reconheceu que o Brasil passou por momentos transformadores nas duas últimas décadas, de nova ordem mundial, crises econômicas, passando por um inédito ciclo de inovação e multiplicação das mídias social, até chegar à emergência e superação da pandemia. Segundo ele, o mercado de seguros respondeu positivamente aos desafios observados nas duas últimas décadas. “Os números do mercado evidenciam não só o crescimento de receitas, mas também o desenvolvimento de tecnologias, de processos inovadores e da competitividade no setor”, assinalou. 

No segmento de Danos e Responsabilidade, o presidente da FenSeg, Antonio Trindade, constata  um ritmo de aceleração neste ano, já que o crescimento atingiu 15% e ultrapassou R$ 42 bilhões no primeiro semestre, beneficiado pela guinada digital e ajustes no marco regulatório. “Em tempos de desafios imensos no Brasil, o segmento de Danos e Responsabilidades é o parceiro para concretizar a agenda econômica e social do Brasil, ao proteger a população de riscos e desonerar o orçamento do Estado”, ressaltou. 

Os títulos de Capitalização continuam sua história de sucesso e superação no País depois de 92 de sua criação, avalia o presidente da FenaCap, Marcelo Farinha. “O momento inspira cuidados. Afinal, a mais pronunciada crise sanitária testemunhada pela nossa geração é desafiadora para a saúde das pessoas e das empresas. Retração econômica, desemprego, contração de renda e inflação alta produzem enormes desafios para o desenvolvimento dos negócios. Mesmo assim,  a capitalização demonstra vitalidade. No primeiro semestre do ano, cresceu 8,4%”, destacou ele.  

No ramo de Vida, as indenizações extraordinárias pagas por vítimas fatais de Covid totalizaram até agora R$ 4,6 bilhões, foram destacadas por Jorge Nasser, presidente da FenaPrevi. 

Na Saúde Suplementar, a recuperação em números de beneficiários se dá em um cenário de convivência com três grandes choques relevantes e simultâneos neste ano, segundo o presidente da FenaSaúde, João Alceu. Ele disse que a demanda crescente é gerada pela segunda onda da pandemia e coincide com avanço dos procedimentos eletivos, que ficaram represados apenas no segundo trimestre do ano passado, mas sobem desde o segundo semestre de 2020. “O resultado disso é que, no segundo trimestre de 2021, observamos grandes operadoras com quase toda sua receita do período destinada às despesas assistenciais, com a taxa de sinistralidade ao redor de 90%, um recorde na história do setor”, relatou. 

 

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