Com a pandemia de Covid-19, as fábricas passaram por alguns problemas relacionados à produção de veículos, seja por falta de matéria-prima ou por mão de obra. Segundo Thamir Maron, dono da corretora de MMaron Seguros, a demanda maior que a oferta no segmento de automóveis resultou numa contínua variação no valor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE), usado como medidor para as seguradoras sobre preço de veículos.
“Com o alto preço dos veículos, você arriscaria comprar um carro sem seguro? Vivemos em um país onde a cada minuto um carro é roubado. Já parou pra pensar no tamanho do prejuízo financeiro que não ter um seguro pode causar?”, questiona o empresário.
Maron explica, que além do risco de roubos, os acidentes de trânsito, incluindo incêndio de carros, são uma realidade, e a depender da modalidade do seguro contratada, o proprietário do automóvel estará protegido. “No seguro automóvel, ainda temos a garantia de assistência 24 horas, uma cobertura presente em muitas apólices e que pode te socorrer quando você mais precisar”, ressalta.
O empresário também esclarece sobre a diferença dos seguros oferecidos pelas corretoras daqueles oferecidos pelas cooperativas. Segundo ele, a diferença, a princípio, se dá ao fato que as seguradoras e corretoras são reguladas pelo Sistema Nacional de Seguros, formado pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), enquanto as cooperativas não possuem essa regulamentação.
“O seguro oferecido pelas seguradoras e corretores têm normas de funcionamento determinadas pelo CNSP. Além disso, são regulamentados pela Susep. Por essa razão, seguradoras e corretoras têm todo seu funcionamento (vendas, indenização, assistência 24h etc.) altamente regulado”, informa.
Outra distinção que Maron aponta é que as seguradoras “tradicionais” são obrigadas por lei a ter grande fundo de reserva para garantir a indenização ao cliente. Já nas cooperativas, esse fundo de reserva pode ser limitado diante da demanda. “Ou seja, em caso de um sinistro maior, que demande grande oneração, o cliente da cooperativa corre o risco de não ser indenizado”.
Em relação ao seguro feito em banco, o empresário expõe que, geralmente, o gerente do banco, tentando bater a sua meta de vendas, “muitas vezes não enxerga a real necessidade do cliente”, podendo fazer uma oferta não vantajosa para o proprietário do veículo.
Maron chama a atenção dos donos de veículos para tomar cuidado na escolha por uma seguradora levando em conta apenas o valor. “Por ser um mercado competitivo, o segurado pode ter outros parâmetros para comparação de preço, mas possibilitando o risco de escolher um péssimo prestador de serviço, sem experiência ou conhecimento de mercado. Como em toda profissão, existem profissionais bons e ruins no mercado e não é diferente no ramo de seguros”.