No Brasil, a cultura dos seguros ainda tem muito a crescer. No PIB do país, a participação dessa indústria é apenas de 6,7%, um valor bastante baixo se comparado com os países mais desenvolvidos. As informações são do Diário de Uberlândia. Para entender qual é a relação dos brasileiros com os seguros basta dar uma olhada no setor de apólices de carro, um dos mais populares. No país, somente 30% dos veículos que circulam pelas ruas e estradas estão protegidos com algum tipo de cobertura.
Isso significa que 70% dos carros e motocicletas que dia a dia passam na nossa frente não possuem seguro nenhum, e que, em caso de ocorrência de algum tipo de acidente, não terão o apoio da companhia seguradora para a reparação dos danos ou possíveis indenizações.
Ainda segundo o portal, o seguro carro é essencial para evitar maiores danos diante dos perigos aos quais os carros ficam expostos. Apenas no ano passado, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 64 mil acidentes foram registrados nas rodovias federais, provocando um custo de R$12,9 bilhões. E não é apenas sobre acidentes e carros batidos. De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (SINESP), (SINESP), entre 2015 e 2019, mais de 1 milhão de denúncias por roubo de carros foram registradas no Brasil e, nos primeiros três meses de 2020, 70% dos crimes do Brasil, foram roubos ou furtos de veículos.
Após a pandemia, foram muitas as famílias que viveram perdas de emprego, além disso, o carro passou a ficar mais tempo parado dentro de casa, portanto, a ideia de deixar de contratar o seguro, tirando mensalidades do orçamento, foi muito atraente. Contudo, nem anos de mensalidades do seguro poderiam compensar o valor de um carro novo, caso sofresse o furto do veículo sem seguro.
Para tentar solucionar a equação, poder oferecer coberturas mais em conta é um dos desafios das companhias do setor. As normativas do governo precisam acompanhar essa mudança, então a Circular Nº 639 aprovada pela Susep no ano passado já está gerando alguns efeitos nesse sentido. É que a nova regulamentação favorece a flexibilização das ofertas de apólices, deixando as opções mais baratas. Isto porque são os próprios clientes que podem escolher quais tipos de riscos irão ficar incluídos no seguro a ser contratado, tirando algumas coberturas desnecessárias segundo o estilo de vida deles.