25 a 50 % das pessoas que roncam sofrem de pressão alta.
Noites mal dormidas, causadas pelo ronco ou por um parceiro que
ronca, não é nada agradável e apesar da doença ser motivo de
risadas, o problema é mais sério do que muitos imaginam. Estudo
publicado na Revista Brasileira de Hipertensão mostra que pessoas
que roncam têm um risco maior de sofrer de hipertensão, uma das
principais causas de doenças cardiovasculares e acidente vascular
cerebral.
Estudos mostram uma prevalência de Síndrome da Apneia do Sono(
SAOS ) em 35% dos hipertensos(Logan, 2001).Neste contexto sendo o
ronco o “alerta” para a SAOS a avaliação de todo pessoa que ronca é
imprescindível.
Uma invenção brasileira traz uma opção de tratamento para quem
sofre deste mal. Após 10 anos de pesquisas, o Rinostent, um
dilatador intranasal, demonstra eficácia em diversas situações
relacionadas aos distúrbios respiratórios do sono. O aparelho
metálico, confeccionado em liga de aço e prata, se adapta às duas
narinas, mantendo-as bem abertas e garantindo um fluxo de ar
constante nasal evitando a respiração bucal e o ronco.
O Rinostent foi usado em uma tese de mestrado pelo
otorrinolaringologista Dr. Levon Mekhitarian Neto, membro da
Sociedade Panamericana de Otorrinolaringologia e especialista
brasileiro no tratamento dos distúrbios respiratórios do sono. O
aparelho reduz o esforço respiratório, mas não substitui a
necessidade de cirurgias, quando indicadas.
“Amplamente aprovado pela comunidade médica, especificamente
pelos otorrinolaringologistas, o aparelho tem sido um sucesso, com
mais de 5.000 casos atendidos nestes últimos 10 anos”, explica Dr.
Levon.
Dr. Levon afirma que o uso do aparelho é simples “O paciente
pode dormir com ele ou usá-lo durante o dia, sempre com orientação
de um especialista”, explica. O tratamento também pode ser
combinado com spray nasal, tratamentos medicamentosos,
odontológicos e com o uso do CPAP (aparelho de pressão nasal
contínua)
Dados sobre o Ronco-Estudos científicos mundiais constataram que
cerca de 45% dos adultos normais roncam pelo menos ocasionalmente e
25% são roncadores habituais. Os casos mais graves, em que o ronco
provoca alterações orgânicas, chegam a 9% da população masculina e
a 4% da feminina, dentro da faixa etária dos 30 aos 60 anos. O
problema é mais frequente em pessoas obesas e, ocasionalmente,
piora com a idade.