Em caráter de urgência, representantes de todo o Brasil se reúnem no feriado de 2 de novembro em Canela-RS Coordenados pela Associação de Medicina de Grupo do RS (Abramge/RS), representantes das operadoras de saúde do Brasil se reúnem, no Hotel Continental, em Canela, no próximo dia 2 de novembro, para discutir problemas da área.
Entre as discussões, está a análise da sustentabilidade de medicina suplementar visto que, a cada resolução normativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), os custos das operadoras aumentam sem a contrapartida financeira. Cerca de 48 milhões de brasileiros dependem dos planos de saúde, usufruindo de 154 milhões de consultas e 6,5 milhões de internações hospitalares ano.
Enfrentando dificuldades para o equilíbrio financeiro, as empresas questionam se o governo teria condições de atender a esses brasileiros que dependem de convênio e que geram, anualmente, gastos em torno de R$ 100 bilhões. As empresas gaúchas de medicina de grupo lembram que recebem uma taxa média, por conveniado, de R$ 96 por mês para atendimento 24 horas durante 30 dias com rol que vai de um simples hemograma a uma internação com colocação de prótese.
Segundo a Abramge, normas, exigências e regulamentações da ANS vêm aumentando os custos operacional e administrativo porque as medicinas de grupo pagam todos os tributos sem nenhum incentivo. Nos últimos 10 anos, fecharam ou foram incorporadas a outras maiores 1.100 operadoras de saúde. E, atualmente, mais de 300 estão sob intervenção da ANS, o que pode levar ao fechamento.
De 2003 a 2011, as operadoras arcaram com despesas elevadas para garantir tanto material médico hospitalar como equipamentos de alta tecnologia. O aumento nos itens de cobertura de doenças também provocou queixas do setor, onde a maioria amarga prejuízos e teme a falência.
Além de debater o mercado frente às continuadas determinações da ANS, a concorrência e o cenário atual da saúde; os participantes vão abordar a melhoria no atendimento aos usuários de planos.