Um relatório divulgado nesta quarta (14) pela Federação Internacional de Diabetes mostra que hoje há 371 milhões de pessoas com a doença no mundo, sendo que metade dos casos não é diagnosticada.
Até 2030, segundo estimativa da organização, 552 milhões terão diabetes.
A doença, vista antes como um problema do mundo desenvolvido, já que a maioria dos casos de diabetes tipo 2 é causada por obesidade, se espalhou por países mais pobres junto com a urbanização. Agora, quatro em cinco diabéticos vivem em países de renda baixa ou média.
Só a China tem 92,3 milhões com diabetes. Na África sub-saariana, o problema acaba ficando oculto, já que a falta de acesso a serviços de saúde leva menos de um quinto dos casos a receber diagnóstico.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, 187 milhões não sabem que têm a doença no mundo.
Os diabéticos têm um controle inadequado do açúcar no sangue que pode levar a complicações graves, como danos a nervos, rins e cegueira. No mundo, 4,8 milhões morrem por causa da doença a cada ano.
O diabetes é uma das doenças crônicas ao lado de câncer, problemas cardíacos e respiratórios a serem incluídas nos próximos objetivos de desenvolvimento global que vão substituir as Metas do Milênio em 2015.
Para a indústria farmacêutica, o diabetes é um grande mercado. As vendas globais de remédios contra a doença, que em 2011 totalizaram US$ 39,2 bilhões, podem chegar a até US$ 53 bilhões em 2016, segundo a consultoria de mercado IMS Health.