Pacientes do Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), na avenida Brasil, zona norte do Rio, viraram as noites de segunda e terça-feira na fila para agendar consultas e cirurgias.
O problema começou na segunda, quando foi aberto o período de agendamentos para 2013 no hospital federal.
Na madrugada, pessoas já acampavam na porta para garantir uma das 400 senhas. A procura superou a previsão, e uma fila de cerca de mil pessoas, segundo a Polícia Militar, dava a volta na unidade.
A cada seis meses, o hospital abre uma semana para agendamento.
Na tentativa de impedir que outra fila gigante se formasse no dia seguinte, o hospital voltou a distribuir senhas na própria segunda-feira e passou a fazer agendamentos apenas por telefone.
A medida, contudo, não evitou que cerca de cem desavisados passassem a madrugada na porta do hospital.
Foi o caso da costureira Celia Marques da Silva Araújo, 53, que chegou às 5h de terça ao local. Segundo ela, sua filha caçula operou o joelho no Into em abril e agora precisa visitar o hospital para fazer exames de rotina. "O povo é quem sofre. O rico não precisa passar por isso."