Unidade de Bonsucesso mantém emergência superlotada em contêineres.Cremerj pretende pedir que Defensoria e Ministério Público apliquem multas.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) pretende ir ao Ministério Público Federal (MPF) e à Defensoria Pública da União (DPU) pedir uma ação civil pública contra a administração do Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), por não solucionar problemas dos quais tinha se comprometido a cuidar há três meses.O conselho constatou que o hospital, administrado pelo Ministério da Saúde no Subúrbio do Rio de Janeiro, não reiniciou suas obras, não limitar as internações e não contratou novos profissionais de forma satisfatória. Os problemas foram reiterados na quarta-feira (6), um dia após expirar o prazo concedido para as mudanças requeridas, desde a visita de 5 de novembro.
De acordo com o Cremerj, o HGB, hospital federal administrado pelo Ministério da Saúde, tem capacidade para 30 internações, mas tinha 47 pessoas internadas. Além disso, a emergência continua funcionando, como ocorre há dois anos, em contêineres, e as obras para substituí-los não estavam sendo feitas.Segundo o conselho, o setor de transplantes não realiza cirurgias para troca rins, –nas quais é referência – desde dezembro e corre o risco de fechar por falta de médicos. Atualmente, haveira apenas um cirurgião e dois em treinamento, que não podem operar. O órgão pede a contratação de mais 14 cirurgiões. Também faltavam dois médicos na pediatria.O Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro (Nerj) contratou oito especialistas recém-formados em clínica médica, de acordo com o conselho, que, no entanto considerou esse número insuficiente.“Fizeram muito pouco em três meses. Vamos ao Ministério Público e à Defensoria Pública da União depois do Carnaval para pedir uma ação civil pública, com multa diária por essas irregularidade”, disse ao G1 a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo.