Além da criação de um plano de carreira, com possibilidade de educação continuada e dedicação exclusiva, o CFM defende também a a abertura de vagas de residência médica para cada aluno formado em medicina
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz D’Ávila, disse nesta segunda-feira (18) que o país conta com um número de médicos suficiente para atender a demanda e cobrou, mais uma vez, do governo federal a criação de um plano de carreira capaz de atrair profissionais para áreas de menor cobertura, como no interior do país.
Pesquisa divulgada pelo órgão aponta que o Brasil tem atualmente dois médicos para cada grupo de mil habitantes. O Sudeste lidera o ranking com 2,67 profissionais por mil habitantes, seguido pelo Sul, com 2,09, e pelo Centro-Oeste, com 2,05.
á no Nordeste, o índice é 1,23 e no Norte, 1,01. Dos 388 mil médicos no país, 55,5% atuam no Sistema Único de Saúde (SUS).
D’Ávila criticou medidas sobre a abertura de novos cursos de medicina, anunciada pelo governo federal, e o estímulo a vinda de médicos estrangeiros ou com formação no exterior. “Não me venham com atitudes que são só cosméticas e que não vão resolver o problema”, disse. “Desafio o governo a sentar conosco e debater as ideias da melhor maneira possível”, completou.
Além da criação de um plano de carreira semelhante ao do Poder Judiciário, com possibilidade de educação continuada e dedicação exclusiva, o CFM defende também a a abertura de vagas de residência médica para cada aluno formado em medicina. “É o nosso sonho. Países sérios fazem isso”, concluiu o presidente.