Objetivo da farmacêutica é despontar como um dos principais investidores na produção de tecnologias essenciais ao SUS. Esta é a primeira de outras três programadas até 2014, – com um investimento total de R$ 600 milhões
Nova unidade de embalagem de medicamentos sólidos da EMS – maior farmacêutica brasileira e a terceira da América Latina, foi inaugurada nesta quarta-feira (20) em Hortolândia (SP) com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Esta é a primeira de outras três novas fábricas que a EMS irá construir até 2014, em Manaus (AM), Brasília (DF) e Jaguariúna (SP) – um investimento total de R$ 600 milhões.
Os projetos vão gerar, pelo menos, mil novos empregos diretos. O objetivo da EMS é despontar como um dos principais investidores brasileiros na produção de tecnologias essenciais ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante o evento, o ministro destacou a importância do empreendimento para o País. “A nova fábrica representa um aumento da capacidade nacional de produção, além de agregar conteúdo tecnológico local”, afirmou o ministro.
Com a nova fábrica, a farmacêutica vai aumentar sua capacidade produtiva mensal em 68%, dos atuais 45 milhões de unidades/mês, para 76 milhões de unidades/mês. O empreendimento tem 12 mil metros quadrados de área construída – um investimento de R$ 150 milhões.
“O investimento na indústria nacional só reforça as políticas do Ministério da Saúde de apoio à produção nacional. Com isso, o Brasil vai ter mais condições de produzir internamente os medicamentos para a população, o que os torna mais baratos e acessíveis, evitando risco de uma fábrica internacional parar ou retardar a produção.”, acrescentou Padilha.
Parcerias
A EMS tem parceria com laboratórios públicos nacionais para o desenvolvimento no País de quatro medicamentos: o antipsicótico Ziprazidona (com o Laboratório Farmacêutico da Marinha), do imunossupressor Micofenolato de Sódio (com o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército), do antiparkinsoniano Entacapona (com os laboratórios Iquego, Furp e Lifal) e do oncológico mesilato de imatinibe (com o Instituto Vital Brasil).
A EMS integra a joint venture BioNovis, ao lado das indústrias farmacêuticas Hypermarcas, Aché e União químicas, que têm apoio do BNDES. A BioNovis, focada na produção de medicamentos biossimilares, tem duas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) com o laboratório público Biomanguinhos/Fiocruz, ambas travadas em 2012, que envolvem a produção nacional via transferência de tecnologia: uma para a produção do oncológico Rituximabe, e outra do imunossupressor Etanercepte, contra artrite reumatoide e outras doenças que afetam as articulações.
A BioNovis foi pioneira em conseguir registro da Anvisa para o desenvolvimento nacional de um medicamento biológico, o Etanercepte. O registro foi concedido esta semana. Com a produção nacional, em cinco anos, o Etanercepte deverá custar 50% menos do que o importado pelo Ministério da Saúde, gerando uma economia de R$ 726 milhões aos cofres públicos no período. A previsão é que o produto nacional esteja pronto para comercialização em 2016.