Instituição muda processos e contratos com fornecedores e colhe uma série de benefícios, entre eles, a redução de dois meses para vinte dias de produtos ociosos no estoque

Há dois anos e meio, o Grupo Saúde Bandeirantes – que possui em sua rede de hospitais privados o Hospital Bandeirantes, localizado na Liberdade, e o Hospital Leforte, no Morumbi – iniciou a reestruturação da área de compras e, com isso, melhorou processos economizou R$ 15 milhões.

Munido de um planejamento de execução estruturado, a entidade renegociou contratos, movimentou pessoas, ajustou processos de aquisições, capacitou compradores e desenvolveu alternativas de abastecimento. Depois de um ano, o gerente corporativo de suprimentos do Grupo, Ronie Reyes, percebeu que para colocar em prática todo o planejado era preciso uma solução muito além da até então planilha de Excel usada para controlar a reposição de compras da instituição.

O fornecedor escolhido para unir as estatísticas de consumo, mensurar o desvio padrão com uma gestão visual de estoque, em tempo real, foi a brasileira GTPLAN. “Passamos a conseguir cadastrar todas as políticas de aquisição para projetar a quantidade exata de produtos que devem ser adquiridos para os hospitais. A ferramenta atualiza de duas em duas horas o consumo do hospital e dispara alerta de reposição”, conta Reyes.

Com a implementação da solução, o índice de entrega do almoxarifado para as áreas assistenciais solicitantes passou de 76% para 96% em 2012, contribuindo para elevar o nível de satisfação desde os médicos e enfermeiros até o paciente.

“A enfermeira sabe que os materiais sempre vão estar disponíveis”, enfatiza o executivo. Entretanto, a desconfiança dos profissionais foi grande no início da reestruturação, uma vez que o nível de cobertura do estoque de uma das unidades do Hospital Bandeirantes passou de 60 dias para 22. Ou seja, o tempo de produtos ociosos na entidade diminuiu substancialmente.
“Isso trouxe um beneficio financeiro enorme, pois as aquisições, agora, são fracionadas de acordo com as necessidades de reposição, vistas muito antes de tornarem-se críticas”, diz.
Atualmente o Grupo, que conta com 390 leitos, mantém uma central de compras com cinco compradores, dividida por “famílias” de produtos e uma área de planejamento com três analistas, situada dentro do almoxarifado.