Um verme parasita que ataca peixes serviu de inspiração para criar curativos e fixações de enxertos de pele que prometem melhor cicatrização e melhor recuperação dos pacientes.
O Pomphorhynchus laevis, um verme que vive nos intestinos dos peixes, usa minúsculos espinhos para conectar-se ao seu hospedeiro.
Seung Yun e seus colegas do Brigham and Women's Hospital (EUA) acharam o mecanismo tão eficiente que usaram-no como inspiração para fixar melhor aberturas cirúrgicas ou danos causados por acidentes.
Eles criaram um curativo adesivo que se liga mecanicamente ao tecido através de microagulhas que incham quando entram em contato com a pele.
As agulhas engrossam sob a ação da água em um processo que é rápido e reversível.
"A força de adesão das microagulhas é mais de três vezes mais forte do que os grampos cirúrgicos convencionais utilizados para fixação de enxertos de pele," disse Seung Yun.
"O projeto absolutamente original permite que as agulhas perfurem os tecidos moles com um mínimo de danos para os tecidos. Além disso, quando chega a hora de remover o adesivo, em comparação com grampos, há menos trauma causado ao tecido, sangue e nervos, bem como a redução do risco de infecção," disse o Dr. Jeffrey Karp, membro da equipe.
A invenção poderá se tornar uma alternativa para os grampos e suturas utilizadas nas salas de cirurgia para garantir a fixação dos enxertos de pele em pacientes com ferimentos graves resultantes de queimaduras, de infecção, e outros traumas.