O Ministério da Saúde determinou a suspensão da venda de 212 planos de saúde de 21 operadoras por não cumprirem os requisitos de qualidade no atendimento aos clientes. A determinação vale a partir de sexta-feira, 23. O novo grupo soma-se a outras cinco operadoras e 34 planos que já estavam suspensos há seis meses, desde o ciclo anterior de monitoramento.
A suspensão ocorre porque os planos não cumprem os prazos de atendimento e também porque se negam a cobrir um procedimento previsto sem justificativa aceitável. No novo grupo, a Amil Assistência Médica Internacional foi a operadora que teve o maior número de planos suspensos, 91. A segunda é a Amico Saúde Ltda, com 31.
Depois da avaliação atual, seis operadoras com 125 planos puderam voltar a vender novos planos. "Elas tiveram que adequar, ampliar rede, hospitais, para poderem dar conta do atendimento", disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Das 17 operadoras suspensas no quinto ciclo de monitoramento, há três meses, 10 foram encaminhadas para saída do mercado.
Desde o início do monitoramento, há um ano e meio, as reclamações registradas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) saltaram de 2.981 para 17.417, recebidas pelos telefones da Agência e também do próprio ministério. Segundo Padilha, a grande maioria, 81,4%, foi resolvida a partir de mediação da ANS.
O aumento, para o ministro, demonstra que as pessoas estão acreditando e conhecendo mais o poder de interferência da Agência, o que vem dando resultados. "As pessoas estão vendo que fazer a queixa funciona", afirmou o ministro.