A partir de 2014 terá efeito a Resolução Normativa 309 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que poderá elevar o custo de planos de saúde para PMEs. Artur Maia, da Plansul, consultoria especializada na comercialização e gestão de planos de saúde empresariais, mostra como se defender e até identificar oportunidades em negociações com seguradoras.
A nova regra estabelece que empresas com 30 ou mais vidas tenham a sinistralidade (soma das despesas bancadas pelo seguro) calculada por apólice individual, e não por carteira de risco. Traduzindo para um linguagem simples: se a utilização do plano de saúde de uma empresa for elevada, ela não será compensada pelo baixo uso de outro cliente da seguradora, e poderá sofrer reajustes significativos no exercício seguinte.
Para evitar reajustes abusivos, e até mesmo pleitear reduções de custo, a consultoria Plansul recomenda o monitoramento da razão entre prêmio (custo de contratação da apólice) e sinistralidade. As seguradoras geram relatórios mensais com a sinistralidade incorrida, quando solicitadas. Índices inferiores a 70% sinalizam que a utilização do seguro é baixa e, portanto, lucrativa para a seguradora. Neste caso, é possível pleitear reajuste real zero ou reduzido.
Mesmo em situações em que o índice superar 70% existem análises capazes de controlar os custos. "Se a sinistralidade estiver alta, é necessário verificar se o motivo é passageiro ou inerente ao perfil da carteira" orienta Maia. Em alguns casos, é recomendável a cotação com outras operadoras de saúde e até mesmo troca de plano de saúde.
Planejar a negociação de seguro saúde e fazer cálculos prévios rende bons frutos. "Conseguimos evitar reajustes de 10 a 20 pontos percentuais em alguns casos. Tal redução de custos reverte-se em mais disponibilidade de caixa para nossos clientes investirem no crescimento do negócio" conclui Maia.