A participação de mercado das grandes redes de farmácias na venda de medicamentos e outros produtos como itens de higiene e beleza vem crescendo enquanto varejistas independentes perdem espaço. A conclusão é de estudo da IMS Distribution Studies divulgado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
De acordo com a pesquisa, as farmácias geridas por grandes grupos devem deter 61% do volume total do mercado em quatro anos. O varejo farmacêutico é conhecido por sua fragmentação, mas movimentos de fusão e aquisição permitiram o surgimento de gigantes como a Raia Drogasil, a Brasil Pharma e a DPSP, fruto da união das Drogarias Pacheco e São Paulo.
Segundo o IMS, em 2012 a participação das grandes nas vendas era de 50% ante 47% das farmácias pequenas, independentes. Cinco anos atrás, os independentes dominavam o mercado, com 55% de participação. No período, a representatividade dos supermercados nestes segmentos permaneceu estável, em 3%.
Além dos grandes grupos nacionais, o Brasil teve a entrada da americana CVS Caremark. Em fevereiro, ela anunciou a compra da brasileira Drogarias Onofre. "Além da consolidação das grandes redes e da inserção de grupos estrangeiros, as próprias independentes iniciaram um processo de expansão", diz em nota o presidente da Abrafarma, Sergio Mena Barreto. Segundo ele, a alta na renda da população brasileira mudou o perfil do consumidor e estimulou a abertura de novos pontos de venda, favorecendo as marcas com maior representatividade geográfica e fôlego financeiro.
Atualmente, estima-se que haja 68,2 mil farmácias em território nacional, das quais 9,5 mil são gerenciadas por grandes redes.