Apesar de a população idosa brasileira corresponder a 12,4% de todos os habitantes, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com internações relativas à esta parcela da população chega a um terço do total, segundo o secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães Júnior.
“A rapidez com que o Brasil precisa lidar com essa questão é muito relevante”, afirmou o especialista, que participou do Congresso Nacional de Hospitais Privados, realizado nesta quinta-feira (3/10) de outubro, em São Paulo.
Magalhães Júnior acredita que o tratamento necessário à questão do idoso precisa passar uma ação transversal e não por um programa específico para esta população. “Optamos por não ter serviço específico para os idosos. Não queremos cravar um centro de especialidade para idosos”, disse o secretário.
Ele acrescentou que o programa do governo federal “Melhor em Casa”, que tem previsão de atender 60 mil pacientes possui um grau de utilização da população idosa de 60%. “Hoje, são 2 mil pacientes por dia sendo atendidos pelo programa. Mas vamos aumentar o número de equipes para 1000 e cada uma será responsável por 60 pacientes em média”.
No Brasil, 76% dos idosos fazem uso do sistema público de saúde. “Nós não vamos resolver a questão dos idosos somente com geriatras. Existem 400 ou 500 profissionais geriatras no Brasil. Nós vamos precisar de muito mais, mas não é só isso que vai resolver o problema”, opinou.