Oferta pública de ações ao preço de R$ 15 por papel não teve adesão entre grandes sócios minoritários e processo precisou ser adiado
Embora pretendesse comprar 82,3 milhões de ações ao preço de R$ 15 cada, Edson Bueno só conseguiu adquirir 78% do volume de papéis pretendidos e, pelo menos por enquanto, precisou abrir mão do controle total do Dasa. Um grupo de sócios minoritários, com poder sobre 27 milhões de ações, não se contentou com o preço oferecido na oferta pública de ações (OPA) da Dasa e pede valores entre R$ 16 e R$ 18, valor cotado em 2010, antes da entrada da MD1, de Bueno, na sociedade.
Fontes ouvidas pelo jornal Valor Economico revelaram que, devido ao preço considerado baixo, a Oppenheimer e a Petros, donas cada uma de cerca de 10% do Dasa, se retiraram do leilão. A Tarpon, que detém 7%, se manteve no negócio, mas preço de R$ 18. Os três grandes gestores revelaram em outras ocasiões descontentamento com o valor oferecido por Bueno.
O leilão previsto para quarta-feira (22) foi adiado para 4 de fevereiro, graças a necessária modificação de uma das cláusulas do contrato que obrigava Bueno a adquirir um lote de ações que concedesse ao empresário o controle total da Dasa. No entanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que a alteração nas regras da OPA impediria seu acontecimento em na data divulgada por Bueno, mas a posição não é definitiva.
Em nota enviada à imprensa, a Cromossomo Participações II S.A., de Edson Bueno, informou que “empreenderá todos os esforços e tomará todas as medidas necessárias para que a CVM reconsidere a decisão formulada no ofício de forma a viabilizar o leilão previsto para o dia 4 de fevereiro de 2014”. Também informa que mantém a intenção de adquirir todas as ações da Dasa ao preço de R$ 15.
De qualquer forma, mesmo neste cenário menos favorável, Bueno pode aumentar a participação na empresa de medicina diagnóstica para 45% – atualmente possui 23,5% -, suficiente para indicar a maioria dos integrantes do conselho de administração.