Em alguns países a exposição radiológica causada por equipamentos médicos já ultrapassa os casos de exposição por fontes naturais
Uma série de estudos publicados nos últimos anos na revista científica "Radiologia Brasileira" apontam que pacientes brasileiros são expostos desnecessariamente a altos índices de radiação durante exames de raio X e tomografias.
Os dados foram levantados em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Paraná e Pernambuco. Segundo os pesquisadores o alto índice de exposições sem necessidade é dado por uma série de razões, entre elas estão: equipamentos radiológicos descalibrados, funcionários mal treinados sobre a dose de radiação adequada a ser aplicada e a indicação de exames sem necessidade.
De acordo com relatório divulgado em agosto pela Organização das Nações Unidas (ONU), este problema é global e afeta principalmente países com bons índices de tratamentos de saúde.
A cada ano, são realizados cerca de 3,6 bilhões de radiografias no mundo, 40% a mais em relação à ultima década. Em alguns países a exposição radiológica causada por equipamentos médicos já ultrapassa os casos de exposição por fontes naturais, como a radiação solar.
O Colégio Brasileiro de Radiologia (CRB) afirma que é preciso difundir entre a comunidade médica e a população que este tipo de exame deve ser feito apenas em casos de real necessidade. O CRB criou sua primeira comissão de radioproteção para elaborar diretrizes sobre o nível de radiação adequado em diferentes exames de imagem.
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