O mercado segurador poderá crescer de 12% a 14% este ano. A projeção é do presidente da Comissão de Seguros e Resseguros da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Marco Antônio Gonçalves, que, se confirmada, elevará o faturamento para mais de R$ 162 bilhões, considerando apenas a atividade de seguros. Segundo ele, entre as modalidades com maior potencial de crescimento estão as de veículos e saúde. “Mas, estou certo de que haverá boas oportunidades para todos (os ramos)”, assinalou Gonçalves, ao participar de evento realizado pela Associação das Assessorias de Seguros do Rio de Janeiro (Aconseg-RJ).
Questionado sobre a retração que atingiu a área de previdência complementar aberta no ano passado, ele demonstrou otimismo quanto ao possível desempenho desse segmento em 2014. Para ele, com as taxas negativas de juros, as pessoas não viam atrativos para investir nesse produto. “Contudo, o mercado já está se ajustando e a economia também”, observou Marco Antônio Gonçalves, que também é diretor-gerente da Bradesco Seguros.
Na avaliação dele, o maior desafio deste ano está na comercialização do seguro patrimonial. Isso porque são muitas as empresas que ainda desconhecem ou mesmo “desprezam” a importância desse tipo de produto. “Diria que a grande oportunidade de 2014 está na venda de seguros patrimoniais. Acho que seguradoras e assessorias deveriam orientar os seus profissionais a intensificar a venda desse produto. Há muitas possibilidades nesse nicho”, disse.
Rumo ao interior
O executivo também comentou as metas da Bradesco Seguros para os ramos de saúde e odontológico. Segundo Gonçalves, é preciso interiorizar o seguro-saúde, que já atinge bons números nas grandes metrópoles, graças especialmente aos planos de saúde coletivos das empresas. Em relação ao seguro dental, as perspectivas de crescimento para este ano podem chegar a 15%. Ele afirmou, porém, que, neste caso, é preciso investir mais em informação.
Sobre a venda dos seguros de vida, ele admitiu que ainda há dificuldades e lacunas que acabam permitindo que os bancos dominem esse setor. Ele comentou que os corretores de seguros deveriam direcionar o foco de sua atuação para esse segmento, o que não ocorre mesmo sendo o seguro de vida o mais simples de se vender, tanto para pessoas físicas quanto para pequenas e médias empresas. “Há que se prestar atenção nisso”, ponderou Marco Antônio Gonçalves.