Analytics pode ajudar prestadores a reduzir gastos e salvar vidas, mas devem ser implementadas ponderadamente
Quando organizações de saúde oferecem aos médicos dados que estavam escondidos em bancos de dados distintos e arquivos em papel, elas podem melhorar os tratamentos e reduzir custos, de acordo com um levantamento recente realizado por profissionais médicos.
Mais de 600 CEOs, CIOs, executivos de sistemas de saúde, chefes clínicos, médicos e profissionais de informática estiveram presente no Crimson Clinical Advantage Summit 2014, da Advisory Board Company, em Orlando, na semana passada, quando compartilharam as melhores práticas, casos de estudo e parcerias envolvendo o uso do Crimson Continuum of Care, Crimson Population Risk Management e Crimson Care Management e serviços relacionados.
Essas ferramentas ajudam organizações de saúde a mudar para pagamentos baseados em valor, cortar gastos desnecessários e aumentar a qualidade dos cuidados, disse Richard Schwartz, presidente de tecnologias de desempenho e consultoria da The Advisory Board Company, em uma entrevista durante a conferência.
Organizações de saúde “estão vendo isto como uma oportunidade de alinhar o sistema com uma melhor entrega de serviços de saúde. Há um reconhecimento genuíno de que a economia tradicional dos serviços de saúde, caso não mude, é insustentável”, disse ele.
Crimson e outras ferramentas similares oferecem insight para clínicas e hospitais sobre o desenvolvimento individual de cada médico, executivos dizem que é essencial fazer os médicos aderirem às tecnologias, demonstrando os benefícios e melhores práticas decorrentes.
“Nós nos comprometemos a usar o Crimson para aprender, não para sermos julgados”, disse o diretor médico de melhores práticas e resultados clínicos do MemorialCare Health System, James Leo. “Foi um programa que implementamos para melhorar nosso desenvolvimento clínico, para ajudar as pessoas a melhor compreenderem o que fazem, não como uma ferramenta punitiva. Aprendemos isto rapidamente com outros sistemas que tentamos implementar”.
Para realizar esses objetivos, organizações de saúde recomendam seguir as seguintes diretrizes:
• Incluir médicos em comitês de conselho e direção
• Convidar médicos a se tornarem early adopters
• Comunicar atualizações regular e frequentemente
• Compartilhar o sucesso dos usuários via vídeos, newsletter, reuniões e outras formas de enfatizar os benefícios das análises.
• Não ter pressa.
“Nós implementamos pelos médicos, para os médicos”, disse Helen Macfie, gerente de transformação do MemorialCare Health System, em entrevista. Atualmente, cerca de 600 dos 2.600 médicos do MemorialCare têm treinamento Crimson. Eles acessam o software do trabalho ou remotamente, usando-o para encontrar tendências que melhorem tratamentos e economizem dinheiro.
Por exemplo, disse Leo, um pneumologista do Saddleback Memorial Medical Center descobriu que pacientes que recebiam volumes progressivamente maiores de sedativos hipnóticos (com exceção de drogas intravenosas) tinham períodos mais longos de internação, mais complicações e mais chances de readmissão. Usando o Crimson, o Orange Coast Memorial Medical Center reduziu as readmissões em 30%, acompanhando pacientes por sete dias após liberação e enfatizando a importância do medicamento.
Diversos hospitais da HCA South Division reduziram as taxas de mortalidade por sepse e o tempo médio de internação quando os médicos receberam insight sobre dados de pacientes, disse Helena Feather, VP de qualidade, gerenciamento de risco e ética e compliance, em uma apresentação. A colaboração entre departamentos de emergência, codificação IDC-9, a equipe de sepse, médicos e o departamento de Feather identificaram melhorias que vão além do esperado. “O melhor de todo o trabalho realizado é que salvamos 75 vidas em 2013. É um número incrível”, disse Feather.