Estrutura conta com dois data centers replicados e nuvem privada que reúne dados de clientes da operadora
Para melhorar a gestão das informações, mais de 1,5 milhão de beneficiários da Unimed, atendidos por 324 cooperativas Unimed associadas, passaram a ter seus dados compartilhados em uma nuvem privada. O projeto, fruto do investimento de R$5,75 milhões pela Central Nacional Unimed (CNU), incluiu a construção do um novo data center verde na unidade Pamplona, em São Paulo (SP), além de aquisição de infraestrutura de redes e recursos para replicação e redundância entre a nova instalação e o seu outro data center mantido na capital, na Alameda Santos.
De acordo com Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed (CNU) - operadora nacional dos planos de saúde empresariais Unimed -, os dois centros funcionam como um só, com todos os sistemas replicados para assegurar a continuidade de operação. Parte dos dados serão armazenados no data center da Alameda Santos e a outra na unidade Pamplona, inaugurada em junho do ano passado.
“Investimos em um data center verde, com virtualização de servidores e storage, economia de energia, diagnóstico e gerenciamento remotos, redundância de sistemas e maior escalabilidade (possibilidade de ampliação do processamento), para acompanhar o crescimento dos negócios”, afirma Akl, em comunicado.
No projeto, foram utilizadas soluções da HP (Storage 3PAR, Blades e SAN Switch) e VMware para virtualização de servidores. A HP realizou a instalação e customização da solução de replicação, enquanto a TI da Central Nacional Unimed foi responsável pelo projeto e execução da replicação de sistemas e dados nos dois data centers, que é feita por meio de links dedicados, redundantes e exclusivos da CNU, que percorrem rotas (ruas) diferentes.
“Além disso, temos os links de duas operadoras de telecomunicações, em que trafegam dados/voz para acesso aos sistemas e telefonia”, explica o gerente de TI da operadora, Walter Shimabukuro.
Com a implantação da nuvem privada, a disponibilidade dos sistemas e serviços tornou-se contínua, destacou o gestou de TI. “A escalabilidade da infraestrutura tornou-se mais flexível e rápida, houve melhora na performance dos sistemas, além da facilidade de gerenciamento e manutenção de sistemas e serviços dentro da nuvem”, completa. Segundo Shimabukuro, a CNU já utiliza alguns serviços em nuvem pública, como anti-spam, IPS e archiving (registro histórico) de e-mail e vislumbra a implantação de integrados na nuvem no decorrer de 2015.
Novo data center
A equipe de TI da Central desenvolveu as características do novo centro de processamento de dados como, por exemplo, o isolamento total do corredor frio entre os servidores, que otimiza o rendimento do ar condicionado e evita demanda extra de energia. Ainda de acordo com a Central, outro aspecto que facilita o transporte de equipamentos pesados, como servidores e nobreaks, é uma plataforma automática, que se transforma em escada ou elevador.
O novo data center possui sistema elétrico totalmente redundante, desde a entrada da energia fornecida pela AES-Eletropaulo. Além do grupo gerador que sustenta o processamento de dados e todo o edifício, há uma infraestrutura para a instalação de gerador externo em caso de emergência.
Toda a infraestrutura do centro de processamento de dados, do sistema de ar-condicionado, dos sistemas elétricos (energia, nobreak, quadros, disjuntores, barramentos e grupo gerador), do sistema de combate a incêndios, dos sistemas de segurança (câmeras, portas, luzes e sensores), da temperatura e da umidade é monitorada e gerenciada remotamente, por meio do Sistema de Administração de Infraestrutura do Data Center (desenvolvido internamente), que emite alarmes sonoros e/ou por ligações telefônicas, SMS e e-mail, toda vez que houver algum parâmetro fora dos limites definidos.
A CNU é a sexta maior operadora do Brasil e fechou 2013 com faturamento de R$ 2,4 bilhões (+28% em relação a 2012). Hoje, tem mais de 1,5 milhão de clientes, distribuídos nas cinco regiões do País.