A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na segunda-feira (1º) que o último balanço de mortes provocadas pelo ebola é cerca de 6 mil e não 7 mil, como foi divulgado no sábado (29). No dia 28 de novembro, havia 2.155 casos de ebola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos; 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos; e 7.109 em Serra Leoa, com 1.530 mortos.
Em entrevista em Genebra, a OMS informou que conseguiu alcançar um primeiro objetivo na Libéria e na Guiné-Conacri, com 70% dos casos de infectados isolados e tratados e 70% dos mortos da doença enterrados de forma segura. Em Serra Leoa, isso está sendo atingido em várias regiões, mas há ainda dificuldades no Oeste do país, onde a epidemia continua propagando-se, acrescentou a organização, que espera que o objetivo seja alcançado "dentro de semanas".
Crise econômica
A epidemia de ebola vai mergulhar Serra Leoa e a Guiné-Conacri na recessão em 2015, informou nesta terça-feira (2) o Banco Mundial, lembrando que os dois países já são afetados pela pobreza.
Principal vítima econômica do ebola, Serra Leoa deverá ver o seu Produto Interno Bruto (PIB) diminuir 2%, enquanto a contração deverá ser menos acentuada na Guiné-Conacri (-0,2%), indicou a instituição, que, em contrapartida, reviu para cima as projeções para a Libéria, onde a luta contra a epidemia “mostra sinais de progresso”.
Em outubro, o Banco Mundial previu para 2015 um crescimento sólido na Guiné-Conacri (2%) e, sobretudo, em Serra Leoa (7,7%), que está saindo de vários anos de guerra civil. Mas a epidemia de ebola, que se propagou na África Ocidental depois de agosto, causando cerca de 6 mil mortos, afundou a atividade econômica e atrasou os investimentos.