O Palmeiras precisava vencer o time misto do Atlético-PR, em sua nova arena, para não depender de ninguém e se livrar de um terceiro rebaixamento em sua história. Não conseguiu. Ficou apenas no empate por 1 a 1. Mas não caiu, graças ao Santos. No estádio Barradão, o rival paulista, "de férias", bateu o Vitória com um gol aos 49 minutos do segundo tempo, de Thiago Ribeiro. O empate em Salvador já serviria ao Palmeiras. Mas foi o gol do atacante santista que trouxe o alívio ao torcedor palmeirense.
"Vergonha, vergonha, time sem vergonha", gritou a torcida alviverde, cansada de sofrer. Cansada de ver uma instituição entitulada "campeã do século 20" passar vergonha no século 21. Cansada de passar longe do protagonismo de antigamente. Cansada de ser motivo de chacota dos adversários. Cansada de ver jogadores que nem de longe lembram os de um passado recente. "Time ser vergonha" era o que gritavam, como forma de atacar não só os atletas, mas principalmente a diretoria, comandada por Paulo Nobre.
Emocionado após o empate, o autor do gol do Palmeiras na partida, Henrique, resumiu a responsabilidade dos atletas na tarefa de manter o Palmeiras na elite.
"Representamos milhões de torcedores apaixonados, eles não merecem isso. Tivemos exemplos de times que brigaram até o último momento e no ano seguinte conseguiram títulos. Então a gente espera que o Palmeiras consiga títulos", disse à rádio Globo.