Os servidores públicos da saúde decidiram paralisar as atividades desde a 0h desta segunda-feira (30) em Curitiba. Segundo o sindicato dos Servidores Públicos Municipais Curitiba (Sismuc), a categoria já tinha decidido pela paralisação, que será por tempo indeterminado, desde quinta-feira (26) em uma assembleia que reuniu centenas de servidores.
Com a greve, 109 unidades básicas de atendimento e oito de pronto-atendimento 24 horas terão os serviços prejudicados. Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão assegurados, mantendo-se os 20% mínimos nas unidades 24 horas e as básicas devem ficar fechadas durante o período de paralisação.
Os servidores reclamam que a Prefeitura de Curitiba não pagou ajustes do piso salarial, vencimentos retroativos e gratificações. "Os acordos foram discutidos ao longo de 2014. Em fevereiro deste ano, a greve foi deflagrada e a prefeitura havia assumido o compromisso de cumprir com os acordos, mas isso não aconteceu", disse a coordenadora do Sismuc Irene Rodrigues.
Às 9h, a categoria vai se reunir na Praça Santos Andrade e fará uma passeata em direção à prefeitura, no Centro Cívico. O efetivo total de funcionários é de 7,2 mil servidores. Entre os trabalhadores que aderiram à greve estão médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos administrativos, farmacêuticos, entre outros.
Em nota divulgada na sexta-feira (27), a administração municipal informou que considera injustificada a decisão dos servidores da saúde de paralisarem as atividades a partir desta segunda-feira.
"A prefeitura reafirma o cumprimento dos compromissos assumidos com a categoria e informa à população que adotará um plano de contingência para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o melhor atendimento possível nesse período", diz um trecho da nota.