O casamento da cantora Preta
Gil na terça-feira, 12, foi o assunto da semana em diversos
portais. Os comentários foram os mais diversos, mas o fator que
mais chamou atenção foi o valor gasto para a celebração. O
casamento “ostentação” da cantora teria custado cerca de R$ 2
milhões. Será que Preta tinha a garantia de sua festa? Um evento
desse porte precisava de algum tipo de proteção.
Seja para casamentos
milionários ou cerimônias mais simples, o mercado de seguros tem em
sua prateleira um produto para eventos que engloba os casamentos,
no qual a principal cobertura é para danos a terceiros que permite
que se algum acidente acontecer, durante a cerimônia, com
convidados haverá proteção. Problemas com buffet, ocorrência de
dano moral, montagem e desmontagem, fornecimento de bebidas e não
utilização do local são alguns imprevistos que têm cobertura na
cerimônia.
Marcelo Santana, gerente de Ramos Elementares da Porto
Seguro, conta que a procura por esse tipo tem crescido dentro da
companhia, mas ainda há muito espaço para ser explorado. “Como todo
seguro no Brasil ele não é procurado por 100% das pessoas que se
casam. Ele vem crescendo, ano passado tivemos um crescimento de 26%
nas contratações, o que a gente considera um número expressivo”,
aponta.
Ainda que esteja disponível
para compra tanto por pessoa jurídica quanto por pessoa física, as
empresas que organizam o evento ainda são as maiores responsáveis
pela contratação do seguro para casamento. “Em geral, não é o noivo
ou a noiva que procura, porque eles têm outras preocupações e,
geralmente, já designaram um profissional para fazer essa parte”,
ressalta Santana. Mas se a festa for totalmente planejada pelos
noivos é importante que eles procurem fechar uma apólice para o
evento.
A empresa contratada para a
organização também terá que terceirizar algumas funções, como os
serviços de Buffet, estacionamento, bebidas, iluminação e
estrutura. O sgeuro contratado pela organização, em geral, cobre os
danos que essas outras empresas venham a sofrer com seus
funcionários ou equipamentos, mas Santana diz que era preciso uma
proteção mais abrangente. “Em um mundo ideal, cada um teria seu
contrato de Responsabilidade Civil, o que deixaria o contratante
mais seguro. Por exemplo, se não há o seguro e acontece um sinistro
que cria uma demanda por indenização, os noivos podem até ganhar
uma ação judicial e terem que ser ressarcidos, mas se a empresa não
tiver como arcar e quebrar, a indenização nunca virá”, alerta o
executivo da Porto.
O seguro para eventos é um
alerta comum: o seguro importa. É preciso que as pessoas vejam como
o cotidiano delas não é algo distante do mercado e que as
companhias têm se empenhado para desenhar uma proteção para tudo
que é possível, garantindo a segurança.
As coberturas do seguro
variam bastante, as festas têm características muito distintas para
que seja estipulado um único padrão de contratação. Mas os danos a
terceiros, normalmente tem limite de R$ 5 milhões.