O mercado de seguros do Brasil vai manter a taxa de expansão de 14% ao longo deste ano e do próximo, mesmo com a economia afundando mais na recessão, de acordo com projeções da unidade da Axa no Brasil.
A demanda vai continuar a crescer porque uma proporção baixa do País é segurada, diz Philippe Jouvelot, presidente da unidade brasileira da Axa.
"Apenas 30 por cento das pequenas e médias empresas são cobertas hoje", Jouvelot disse em entrevista na semana passada, em São Paulo, complementando que a cobertura de veículos é de 40% e a de residências, de 15% no Brasil, que tem uma população de cerca de 200 milhões de pessoas.
O crescimento dos prêmios foi de quase 14% no primeiro semestre de 2015 em comparação com o ano anterior, de acordo com a associação de seguros do País, a CNSeg. O pib brasileiro provavelmente terá contração de 3 por cento este ano e 1,2 por cento em 2016, mostra uma pesquisa com economistas realizada pela Bloomberg.
A Axa, maior seguradora da França, começou seu negócio de seguros no Brasil no ano passado, com um investimento de cerca de 100 mi euros (US$106 milhões) ao longo de 4 anos, disse Jean- Laurent Granier, diretor da divisão de propriedade e contra acidentes global da empresa.
Nesse total, não está contabilizado o acordo da companhia para comprar o negócio de seguros de alto risco da Sul América por R$ 135 milhões (US$36 milhões), anunciado em maio.
"Esta é uma prova adicional de nosso compromisso de longo prazo para este mercado", disse Granier, acrescentando que a empresa vai olhar para novas oportunidades de compra que se encaixem em sua estratégia e sejam oferecidas a um preço justo.