Em novembro, o Índice de Confiança
e Expectativas das Seguradoras (ICES) teve alta, pelo segundo mês
consecutivo, passando para 71,6, uma variação positiva de 10,2% em
relação ao valor de outubro (65,0). O percentual calculado a partir
de pesquisa realizada pela Fenacor ainda é inferior ao apurado há
12 meses (84,3), mas mostra que as seguradoras estão mais otimistas
em relação a rentabilidade e ao faturamento, além da expectativa do
mercado. O estudo revela ainda que 69% e 53% das empresas acreditam
que o panorama melhorou e que não haverá piora,
respectivamente.
De acordo o presidente da
Federação, Armando Vergilio, dois fatores contribuem para a
melhoria dos índices. “O mercado de seguros tradicionalmente
apresenta resultados mais favoráveis no último bimestre do ano, o
que ajuda a melhorar o ‘humor’ dos executivos do setor”, acredita
Vergilio.
Ele acrescenta que, além disso,
embora persista o cenário de instabilidade, o governo obteve alguns
avanços no ajuste fiscal. “Há menos pessimismo porque houve algumas
conquistas no Congresso Nacional, mesmo que ainda tímidas, como a
redução do número de pautas-bombas no Congresso ”, assinala o
executivo.
Para a pesquisa da entidade, foram
entrevistas 100 grandes empresas do setor, que optaram por
percentuais de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade
e faturamento. Também foram apurados outros três indicadores: ICSS
(de confiança do setor de seguros no Brasil), Índice de Confiança e
Expectativas das Resseguradoras (ICER) e Índice de Confiança das
Grandes Corretoras (ICGC). Todos os números tiveram alta, depois de
meses em queda.
Aumento do
otimismo
Na comparação para as análises de
faturamento, confiança na economia e rentabilidade, as seguradoras
seguem melhorando índices entre outubro e novembro.
Economia, rentabilidade e
faturamento
O balanço também apurou informações
com corretoras e resseguradoras com relação a suas expetativas
sobre o futuro da economia. Os resultados apontam para um
pessimismo geral. Destas, 65% das corretoras e 63% das
resseguradoras esperam que o crescimento da economia seja pior ou
muito pior, pelos próximos seis meses.
A pesquisa mostra ainda que 60% das
corretoras e 64% das resseguradoras também estão pessimistas em
relação a rentabilidade dos negócios. E quanto ao faturamento, 55%
das corretoras acreditam em quedas nos próximos seis meses. Entre
as resseguradoras, o percentual é de 36%.