O Clube dos Corretores de Seguros
de São Paulo (CCS-SP) reservou o primeiro evento do ano para a
diretoria do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo
(Sincor-SP) apresentar um balanço dos últimos doze meses e as
perspectivas para o ano atual. No dia 2 de fevereiro, em almoço
exclusivo para associados, realizado no Circolo Italiano, o mentor
Adevaldo Calegari e toda a diretoria do CCS-SP receberam o
presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, e sua diretoria
executiva.
Entre as realizações do sindicato, Camillo destacou a propagação do
conceito de empreendedorismo da categoria por meio de diversas
ações estruturadas. Em 2015, segundo ele, o sindicato contabilizou
mais de dez mil credenciamentos em seus eventos com foco na
capacitação e criação de um cenário favorável para a atuação dos
empresários da corretagem de seguros.
Entre os exemplos, estão a grande
reunião estadual Oficinas do Empreendedorismo, que contou com mais
de 1,2 mil corretores de seguros em Atibaia; o Encontro dos
Corretores de Seguros, que aconteceu bimestralmente em cada uma das
30 regionais; o Fórum de Oportunidades, que levou eventos de grande
porte do sindicato ao interior, em dez apresentações em diferentes
regiões, com programação intensa durante um dia; e o Voz do
Empreendedor, que propiciou a aproximação de seguradoras,
individualmente, com corretores de cada regional, além de outros.
Somados às festas de fim de ano, as ações totalizam o envolvimento
de 15 mil pessoas.
Sobre o desempenho do seguro
automóvel, que cresceu apenas 3% no último ano, e de todo o setor,
que cresceu 10% no mesmo período, Camillo considerou ambos os
resultados positivos. “Enquanto a indústria decresceu 27%,
aumentamos nossas vendas em 3%. É um grande feito”, disse. Ele
também reforçou o conceito de valorização da categoria ao
reconhecer o mérito dos corretores na consolidação do seguro de
automóvel.
“Para os que dizem que o seguro
automóvel não é vendido, mas comprado, lembro que 25 anos atrás os
corretores iniciaram um trabalho de conscientização do consumidor e
de melhoria do produto junto às seguradoras. Hoje, temos o melhor
produto do mundo e isso é resultado do nosso trabalho, feito com
muita resiliência e criatividade”, afirmou. “Também somos
responsáveis por termos hoje um consumidor consciente da
necessidade de ter seu automóvel segurado”.
Início de ano
tumultuado
Na percepção do presidente do
Sincor-SP, o ano começou um tanto tumultuado. Uma das notícias mais
preocupantes foi impasse em relação à comercialização do DPEM
(seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Embarcações ou
por suas Cargas), oferecido, atualmente, por única seguradora, que
já anunciou para março o fim desta operação. “Até lá deverá ocorrer
um pronunciamento da Susep. Mas, acredito que, em breve, haverá uma
solução”, disse, acrescentando que o Sincor-SP, juntamente com
outras entidades, está empenhado em solucionar o problema.
O seguro auto popular também esteve
no centro dos debates da categoria logo no início do ano, quando a
Susep colocou em consulta pública a minuta de resolução da nova
modalidade. Entretanto, o cerne da discussão foi a interpretação –
incorreta, na avaliação de Camillo – da cláusula que definia a
obrigação ao corretor de informar ao segurado o valor da comissão.
“Não é verdade. Quem leu a minuta viu que havia apenas o pedido
para constar no frontispício da apólice uma informação ao segurado.
Ou seja, não era para constar a comissão, mas o pedido”, disse.
O presidente do sindicato reforçou
também que o foco na questão da comissão desviou atenção dos
corretores do mais importante, que é a estrutura técnica do
produto. Coube ao grupo de trabalho constituído pela Fenacor e pela
FenSeg, segundo ele, identificar que o diferencial do seguro é a
possibilidade de utilizar peças recicladas na reparação de
veículos, bem como os potenciais clientes, estimados em 20 milhões
de automóveis com mais de cinco anos de uso. Porém, concluindo que
o mercado não dispõe de peças recicladas suficientes para esse
volume, o Sincor-SP sugeriu à Susep incluir na resolução a
possibilidade de serem usadas também peças originais,
remanufaturadas e de segunda linha.
Em meio à crise, o grande ganho que
o seguro auto popular trará aos corretores, segundo a avaliação de
Camillo, será a entrada de 20 milhões de clientes,
predominantemente de baixa renda. Ele aconselhou aos corretores que
se prepararem para prospectar esse contingente, que necessitará de
orientação e assessoria. “Além desse volume de novos clientes, esse
seguro trará a reboque o combate à pirataria e à atuação ilegal de
cooperativas e associações”, disse.
O dirigente reforçou que o
Sincor-SP está preparado para auxiliar os corretores em quaisquer
demandas, mencionando, especialmente, o trabalho das comissões
técnicas. Neste ponto, ele aproveitou a oportunidade para
apresentar alguns membros das comissões presentes no evento,
elogiando a atuação de todos e, em especial, de Paulo Bosísio e de
Evaldir Barboza de Paula, ambos membros da diretoria do CCS-SP.
Atuação da
diretoria
Durante o almoço do CCS-SP, a diretoria
Executiva do Sincor-SP prestou contas dos trabalhos realizados. O
1º vice-presidente Boris Ber comunicou o início da reformulação na
área de comunicação do sindicato, que inclui a modernização do
site, e, ainda, o lançamento de mais uma pesquisa. Ele convocou os
corretores a acessarem o site e responderem à pesquisa de
satisfação de serviços e produtos de seguradoras. A 2ª
vice-presidente Simone Martins informou que o material apurado no
canal Disque Sincor será transformado em cartilha de orientação aos
corretores.