O Ministério da Saúde participará, a partir desta quarta-feira (7), de reunião de alto nível da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o fim do HIV/Aids. O encontro, realizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos, segue até sexta-feira (10) e contará com a participação do presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Mogens Lykketoft, do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, de chefes dos Estados-Membros, funcionários de alto escalão, representantes de organizações internacionais, sociedade civil e de pessoas vivendo com HIV.
A delegação do Ministério da Saúde do Brasil conta com vários representantes do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Além da nova diretora do Departamento, Adele Schwartz Benzaken, também participam da delegação a chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, Juliana Machado Givisiez, o técnico da Coordenação Geral de Prevenção e Articulação Social, Diego Callisto. Também compõem o grupo Thaisa Lima, chefe da Assessoria Internacional do Gabinete do Ministro, Alessandra Nilo, representante da sociedade civil (ONG Gestos), além do chefe de gabinete da Secretaria de Vigilância em Saúde, Alexandre Santos Fonseca, que lidera a delegação.
Durante a reunião, será aprovada uma declaração que visa a assegurar os compromissos políticos assumidos entre os países e que delineará as estratégias para que todas as nações alcancem o fim dos níveis epidêmicos de Aids até 2030. A elaboração da Declaração Política sobre HIV/Aids iniciou com consultas informais dos Estados-membros a partir de abril, nas quais foi discutido o rascunho zero do documento. A Declaração Política sobre HIV/Aids de 2011 é o documento base para a elaboração da nova declaração e vem sendo interpretada como exemplo de linguagem acordada a ser preservada, bem como um ponto de partida em relação ao qual não se pode retroceder.
O Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, sediou, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), consulta técnica com movimentos sociais, academia, secretarias estaduais e municipais de saúde e outras agências da ONU, para receber sugestões que subsidiaram a contribuição brasileira à declaração. O Brasil apresentará, no encontro, os avanços da resposta brasileira ao HIV nos últimos cinco anos e reafirmará os compromissos assumidos internacionalmente, tendo no horizonte as metas intermediárias para 2020 e o fim dos níveis epidêmicos de Aids até 2030.