Nova tecnologia ajuda pacientes na adesão ao tratamento e no controle da doença
Dia 26 de junho é o Dia Nacional de Combate ao Diabetes, uma das únicas doenças não infecciosas que pode ser considerada epidêmica no nosso país. De acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes (FDI), em todo o mundo mais de 400 milhões de pessoas têm a doença e um alto percentual vive em países em desenvolvimento¹. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são cerca de 14 milhões de pessoas com diabetes e, a cada dia, aparecem 500 novos casos².
“O Brasil é o 4º país do mundo com o maior número de pessoas com diabetes, atrás apenas da China, Estados Unidos e Índia. O grande desafio é que boa parte da população não sabe que tem a doença e a outra metade que sabe costuma não fazer o tratamento adequado, principalmente pelo desconforto em medir a glicemia pela ponta de dedo”, afirma Dr. João Salles, endocrinologista, Vice-Presidente da Sociedade de Endocrinologia e Metabologia e Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
Para se ter uma ideia, estima-se que apenas 1/3 dos pacientes segue as recomendações de monitoramento3 e 2/3 admitem pular o teste da ponta de dedo por considerá-lo dolorido e invasivo demais4. O problema é que o não controle do diabetes pode levar a pessoa a ter mais episódios de hipoglicemia, quando o nível de açúcar no sangue cai muito, colocando a vida do paciente em risco, e a sérias complicações, como cegueira e amputações.
Um novo jeito de medir a glicemia
A Abbott, empresa global de cuidados para a saúde, lança neste mês do Dia Nacional do Diabetes o FreeStyle® Libre, uma nova tecnologia revolucionária de monitoramento de glicose para as pessoas com diabetes. O produto é a única solução do mercado que livra o paciente da rotina5 diária de picadas no dedo.
O FreeStyle® Libre é composto de um sensor e um leitor. O sensor é redondo, tem o tamanho de uma moeda de 1 real e é aplicado de forma indolor na parte traseira superior do braço. Este sensor capta os níveis de glicose por meio de um microfilamento (0,4 milímetro de largura por 5 milímetros de comprimento) que, sob a pele e em contato com o líquido intersticial, mensura a cada minuto a glicose presente no líquido intersticial. O leitor é escaneado sobre o sensor e mostra o valor da glicose medida em menos de um segundo.
“O novo monitor contribui para que as pessoas com diabetes tenham mais liberdade para aproveitar uma vida saudável e ativa, trazendo mais conforto à rotina de controle da glicose”, diz Sandro Rodrigues, Country Manager da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott no Brasil.
“A maioria dos pacientes acaba não fazendo a medição da glicose por conta da pulsão no dedo. Com isso, aumenta o risco de doenças relacionadas com o diabetes, como cegueira, amputações, paralisação do rim, infarto e derrame. Para se ter uma ideia, de cada 10 pacientes com diabetes, 15% são do tipo 1 e não fazem a medição da ponta de dedo corretamente. Nos casos de pacientes com diabetes tipo 2, este número não passa de 5%. A tecnologia do FreeStyle® Libre vai nos ajudar a acabar com este grande desconforto dos pacientes”, completa Dr. João Salles.
Referências
1. Federação Internacional de Diabetes (FID). Off to the right start. Dia Mundial do Diabetes. Guidebook 2014. Site. [Acessado em abril. 2015]. Disponível em http://www.idf.org/sites/default/files/wdd-guidebook-2014-en.pdf
2. Ministério da Saúde. Insulinas análogas de longa ação Diabetes Mellitus tipo II. Relatório de Recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC – 103. 2014:15..
3. Vincze G. Barner JC. Lopez D. Factors associated with adherence to self-monitoring of blood glucose among persons with diabetes. Diabetes Educ.
2004:30(1):112-125.
4. Wagner J. Malchoff C. Abbott G. Invasiveness as a barrier to self-monitoring of blood glucose in diabetes. Technol Ther. 2005;7(4):612-619.
5. Circunstâncias nas quais o teste de ponta de dedo é necessário para conferir as leituras da glicose do Sistema Flash de Monitoramento da Glicose: durante períodos de rápida alteração nos níveis da glicose (a glicose do fluido intersticial pode não refletir com precisão o nível da glicose no sangue). Para confirmar uma hipoglicemia ou uma iminente hipoglicemia registrada pelo sensor. Quando os sintomas não corresponderem às leituras do sistema flash de monitoramento da glicose