Cobrança não leva em conta
bairro, diz diretor do Sincor-SP
A procura por seguros residenciais
sobe em média 10% no mês de julho em comparação com outros meses do
ano em Itapetininga (SP), apontam seguradoras. Um dos motivos,
segundo as empresas, são as férias escolares e viagens no
período.
Como a casa fica vazia durante as
viagens e há o risco de furtos, uma boa opção é se precaver de um
grande prejuízo. Foi o que aconteceu com o empresário Heitor José
Rodrigues Rolim, que teve a casa invadida em 9 de maio deste ano
por três homens quando a residência estava vazia. O trio levou
equipamentos eletrônicos em pleno horário comercial, às 16h, como
apontam imagens do circuito interno de segurança.
O empresário tem seguro residencial
há cinco anos e confirma que vale a pena. “Eu fiquei traumatizado,
com medo. É horrível, não desejo isso para ninguém. É um momento
que a gente está fragilizado, então nada melhor que um suporte.
Principalmente quando temos pessoas que correm atrás de toda a
parte burocrática, a gente foca nas crianças, na melhoria da
segurança da casa, enquanto eles correm atrás da burocracia”, diz
Rolim.
Além do seguro, para evitar novos
furtos Rolim reforçou o cadeado e pensa em colocar alarme. O
coronel da Polícia Militar Marcelo Amaral Oliveira ressalta a
importância de medidas como essas antes de viajar de férias, e dá
outras dicas.
“A gente solicita para que os
moradores não façam sinais exteriores que estão ausentes. Como luz
acesa durante o dia, jornais espalhados pela garagem. E peça para
um vizinho que não irá viajar para que fique atento com qualquer
mudança de rotina acione a Polícia Militar”, conclui.
Cálculo da cobrança e preço
De acordo com o diretor regional do
Sindicato dos Corretores de Seguro do Estado de São Paulo
(Sincor-SP), Eduardo Lemes, o bairro onde o imóvel é localizado não
entra no cálculo final de quanto vai custar pra fechar com a
seguradora. “Não depende do bairro, depende do tipo de imóvel.
Isolado que não tenha vizinhos, um imóvel em condomínio,
apartamento, casa que tenha vizinhas ao lado, cada situação dessa
tem o custo diferenciado”, explica.
Apesar do aumento na época, o
segurador Lineu dos Santos Seixas diz que a procura poderia ser
maior se os moradores soubessem o preço do seguro residencial.
“Para fazer um seguro completo em uma casa de R$ 300 mil com um
pouco de cobertura de roubo, vendaval, danos elétricos e
assistência 24 horas, vai pagar em torno de R$ 400 e R$ 500 por
ano”, afirma. O seguro não cobre o furto ou roubo de dinheiro,
jóias, objeto de artes, entre outros produtos, diz Seixas. Por
isso, segundo ele, é interessante negociar e olhar o contrato com
cuidado. “As mais atraentes que os clientes gostam de fazer são
incêndios, danos elétricos, vendavais, existe também de
desmoronamento.”