Crime ocorreu há 16 anos em Itanhaém e julgamento foi nesta quinta-feira. Acusada e suas filhas receberiam R$ 700 mil em caso de morte acidental.
A mulher que encomendou a morte do próprio namorado para receber o dinheiro do seguro de vida dele foi condenada a 25 anos de prisão na noite desta quinta-feira (15) em Itanhaém, no litoral de São Paulo. O crime ocorreu em fevereiro de 2000 e o autor do homicídio também foi condenado.
De acordo com informações do Diário de Justiça do Estado de São Paulo (DJSP), Maria Regina Marques Moreira estava morando com a vítima, identificada como Cláudio José Saldanha, há cerca de seis meses e passava por dificuldades financeiras. A acusada foi então até uma agência bancária para tentar fazer um seguro de vida para o companheiro.
Após entrar em contato com um corretor de seguros, Maria Regina o convenceu que era casada com Cláudio e que ele era pai das duas filhas que ela tinha. A acusada chegou a assinar a proposta de seguro de vida e forjou a assinatura da vítima, colocando ela mesma e suas filhas como benificiárias. De acordo com o mencionado seguro, no caso de morte acidental de Cláudio, a acusada e suas filhas receberiam a título de indenização a quantia de R$ 700 mil.
Maria Regina chegou até mesmo a pagar a primeira parcela do seguro com um cheque de sua emissão. Em seguida, ela entrou em contato com Valdir Campos de Oliveira, para quem pagou a quantia de R$ 500 para que ele simulasse um assalto e matasse Cláudio. O pagamento foi efetuado com um cheque emitido pela própria ré em 18 de janeiro de 2000 e depositado na conta bancária da irmã de Valdir.
O crime ocorreu no dia 25 de fevereiro de 2000, por volta das 23h50, no trevo Estância Santa Cruz, na própria cidade de Itanhaém. A condenada combinou com o autor do homicídio que ela passaria de carro acompanhada de Cláudio em um trecho sem iluminação, quando o veículo seria abordado e o assalto ocorreria.
No dia do homicídio, Maria Regina convenceu Cláudio a sair de casa com a desculpa de que iriam comprar fraldas para a filha dela. Ao chegar no local combinado, Valdir, acompanhado de um comparsa não identificado, se aproximou do carro e atirou contra a vítima, que morreu no local. A dupla fugiu em seguida, enquanto Maria ficou com o corpo até a chegada da polícia, para quem afirmou que ela e o companheiro haviam sido vítimas de um assalto.
Após investigações, a polícia descobriu a ligação entre a companheira da vítima e os autores dos disparos. Maria Regina foi julgada no Tribunal do Júri de Itanhaém e condenada a 25 anos de prisão. Já Valdir cumprirá a pena de 20 anos de prisão.