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Pessoas não estão prontas para quando os imprevistos acontecem

Fonte: CQCS Data: 23 janeiro 2017 Nenhum comentário

Estudo global desenvolvido pela Zurich em parceria com a Universidade de Oxford mostra que a população global ainda subestima o risco real de perda de renda. Foram entrevistadas mais de 11 mil pessoas em 11 países para entender a percepção das pessoas sobre como proteger sua renda.

Sabe aquela história de “acontece om os outros e não comigo?” Pois é…segundo o estudo, no mundo todo, 38% das pessoas acreditam que existe menos de 10% de chance de um evento inesperado impedir sua capacidade de gerar renda. No Brasil, o índice é ainda maior e chega a 41%. Na contramão, 44% das pessoas já tiveram perda de renda devido à invalidez ou morte de algum familiar.

Edson Franco, CEO da Zurich no Brasil diz estar claro que existe uma incapacidade global de o Estado continuar provendo benefícios para a cobertura de riscos à renda da população. “Por isso, é nosso papel enquanto empresa global conscientizar todos os envolvidos: Estado, iniciativa privada, mercado securitário e população”, diz o executivo sobre a realização do Estudo.

O estudo mostra que o governo é visto como a principal fonte de renda dos brasileiros em situações de perdas repentinas. As poupanças pessoais são vistas como a segunda alternativa. Diante deste cenário, é possível dizer que o mercado de seguros pessoais tem muito espaço para crescer no Brasil, visto que somente 19% entre mais de mil brasileiros pesquisados, por exemplo, têm algum produto que previne a perda de renda em caso de morte, o pior índice entre 11 países pesquisados.

Em seguida, com índice mais baixo, está o Reino Unido, com 21% de penetração deste tipo de seguro. A média global é de 32% de segurados. Especificamente em relação à proteção de renda em casos de doenças graves ou invalidez, somente 22% dos entrevistados brasileiros estão assegurados.

Sobre a real noção em relação aos produtos contra perda de renda causada por morte, 78% dos brasileiros afirmam desconhecer o que o mercado oferece, enquanto que 71% não conhecem as proteções contra perda de renda por invalidez ou doença grave. Apesar disso, dentre os entrevistados sem Seguro de Vida, mais da metade (56%) diz considerar adquirir alguma proteção, colocando o Brasil à frente de outros sete países consultados, como Itália (65%), México (71%) e Malásia (73%).

Outro dado alarmante vem do questionamento sobre quanto tempo as pessoas conseguiriam se manter, caso perdessem seus empregos, dos 1 mil brasileiros entrevistados, ou 72%, não teriam renda para se manter mais de seis meses – e 28% não teria como custear seus gastos por mais de um mês. Ambos os índices do Brasil estão acima da média global, 67% e 20%, respectivamente. No México, por exemplo, apenas 18% das pessoas responderam que não teriam dinheiro para mais de um mês sem trabalhar.

Na visão de Edson Franco, o mercado securitário tem a responsabilidade de promover um debate mais didático para que a população tenha mais consciência dos riscos de perder a totalidade de sua renda em caso de eventos extremos. O CEO da Zurich afirma que as prateleiras de produtos de Vida e Previdência vêm se modernizando para atender aos diferentes perfis de público e renda, mas reforça que ainda há espaço para avançar muito mais. “A crença da população de que o Estado dará conta de garantir a totalidade de eventuais lacunas de perda de renda precisa mudar urgentemente”, alerta.

Ainda de acordo om o estudo, as seguradoras detêm a preferência dos brasileiros na aquisição de produtos contra perda de renda, mas há um equívoco marcante quanto ao custo de um seguro contra perda de renda: 49% dos entrevistados afirmam estar dispostos a pagar quase o dobro do valor real de um produto securitário. Pelo equívoco, consideram que o custo ultrapassa suas expectativas e deixam de adquirir, sendo que cada tipo de proteção pode ser contratada por menos de 5% dos rendimentos pessoais.

Papel do empresariado

O estudo identificou ainda que 67% dos brasileiros preferem benefícios a melhores salários. Somente 19% preferem salários mais altos em detrimento de benefícios. O México é o único país que tem índice maior que o brasileiro: 79%. Apesar de no Brasil a oferta dos empregadores ser a primeira razão que levaria os entrevistados a contratarem um seguro de proteção de renda, apenas 13% dos entrevistados nos 11 países disseram já ter recebido a oferta das empresas onde trabalham.

“Os dados deixam claro que está sob responsabilidade do mercado securitário desmistificar à população as formas de garantir a proteção de renda, ou seja, sem venda consultiva ainda é muito difícil chegar a este ideal”, comenta o CEO da Zurich. “Quanto mais bem informada, mais a sociedade entende a necessidade de se precaver e, para isso, é necessário um esforço conjunto”, finaliza o executivo.

 

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