Pesquisa indica as nações onde o
serviço é mais barato
Nem todos os países exigem, mas viajar
sem seguro-saúde é um risco que poucos deveriam correr. Ainda mais
se for pelo custo. No grupo que integra o Acordo de Schengen, o
documento é obrigatório e pode ser exigido pela imigração. Mas
entre eles, pelo menos, estão os que têm as melhores opções de
cobertura e preço, segundo ranking do Compara.com. O site
relacionou os valores cobrados pelas seguradoras para diferentes
destinos e para planos com cobertura de, no mínimo, US$ 60 mil.
Por outro lado, o Reino Unido, que já
não fazia parte do acordo e que, recentemente, se desvinculou da
União Europeia, tem os planos mais caros.
— Pelo fato de os signatários do
Acordo de Schengen terem sido obrigados a exigir o seguro dos
turistas, a oferta de convênios com médicos e instituições de saúde
e seguradoras se tornou muito maior, o que reduz o preço final ao
consumidor. No Reino Unido, um fator que encarece os planos é a
libra esterlina — explica Paulo Marchetti, diretor do site.
Nos Estados Unidos, a grande
quantidade de oferta de seguradoras, com planos e convênios em
muitas faixas, garante um preço menor pela competitividade. Mas
ainda assim mais alto, já que não existe serviço de saúde pública
no país, como destaca a gerente de vendas da Student Travel Bureau
(STB), Anna Angotti:
— Para viagens de poucas semanas, que
é o que grande parte dos brasileiros faz ao ir pra Europa ou para
os EUA, seguros simples, e que são mais baratos, cobrem a maior
parte dos acidentes que podem acontecer. Só vale escolher um mais
específico se o viajante for se expôr a atividades inseguras, como
esqui. Também no caso de mulheres grávidas ou pessoas com doença
pré-existente. Uma consulta simples nos Estados Unidos pode custar
US$ 2 mil, um risco que entendo que não vale a pena correr.
Dá para economizar
O custo é inevitável, mas há formas de
salvar alguns dólares. A primeira dica dos especialistas é colocar
no plano as necessidades médicas que, de fato, poderão ser usadas e
deixar de fora outros itens, como a perda de objetos, destaca
Marchetti:
— Não vale a pena ter proteção contra
extravio de bagagem, por exemplo, para quem vai fazer mochilão ou
viagem curta, quando normalmente não há intenção de despachar a
bagagem. Esses valores às vezes são altos e estão até nos planos
mais simples. Quem viaja em grupo, pode conseguir descontos
individuais significativos. E quem fica mais tempo, como um
estudante, consegue outras promoções.
Além disso, os especialistas são
unânimes quanto a um alerta: sempre viaje com o seguro já em
mãos.
— Em alguns países, onde o seguro é
obrigatório, se o turista não tiver a documentação será obrigado a
adquirir algum plano em agências no aeroporto, onde é tudo muito
mais caro — diz o diretor do Compara.com.
Entre os seguros mais caros, segundo o
site, estão os de Cuba (pela dificuldade de acesso e comunicação,
já que a internet é limitada), da Venezuela e de Angola — nesses
dois casos, por conta das incertezas político-econômicas e a
violência.
PREÇOS PELO MUNDO
mais caro. Seguro-saúde para o Reino
Unido custa, em média, R$ 315 por semana.
Insegurança. Países violentos e com
instabilidade política, como Angola, também têm valores mais altos.
Neste caso, média de R$ 267, por semana.
Comunicação. Seguros para Cuba são
caros, já que a comunicação é mais difícil por lá. Custa R$ 200,
por semana, em média. Em conta. Mesmo com o euro mais alto, seguros
para países signatários do Acordo de Schengen, como França e
Portugal, têm preços mais em conta: para uma semana, média de R$
153.
Na média. Saúde nos EUA, que não tem
sistema público, é coisa cara. Mas a boa oferta de serviços diminui
o preço. No país, o custo semanal médio é de R$ 308.