O diretor-presidente da ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar), Maurício Ceschin, reconheceu ontem
que há uma defasagem no valor pago pelos planos de saúde aos
médicos.
“Há uma defasagem que precisa ser resgatada em relação ao
pagamento de honorários aos médicos. Os honorários médicos não têm
sido reajustados da mesma forma como foram os insumos”, disse
Ceschin.
Ele afirmou que o reajuste precisa ser discutido com cautela para
que os custos não sejam repassados aos consumidores.
Médicos e planos de saúde travam uma batalha em torno do reajuste
dos valor dos honorários e dos procedimentos. Os médicos reclamam
que o aumento de preço dos planos de saúde não é repassado aos
prestadores de serviço. Já as empresas garantem que têm elevado os
pagamentos acima da inflação.
Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, ele anunciou que
a ANS deve publicar nos próximos dias instrução normativa
estabelecendo prazos máximos para atendimento dos usuários de
planos de saúde.
“Não faz sentido que o consumidor que paga um plano de saúde não
seja atendido ou espere um, dois ou até três meses para fazer uma
consulta ou procedimento.”
Segundo ele, a instrução normativa fará com que os planos de saúde
se reestruturem, contratem novos médicos e negociem os valores
pagos aos seus prestadores de serviço.
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